sexta-feira, maio 27, 2011

A personalidade da marca é reflexo dos valores da empresa

Os “valores” são formados por um conjunto de “crenças” que se misturam com “princípios” e que juntos determinam o comportamento das empresas independente de seu tamanho, origem ou segmento de mercado.

Os “valores dos indivíduos” também se misturam com “valores funcionais” das empresas potencializando o caos que acaba infectando a essência da marca com o “vírus” da despersonificação. O sintoma inconfundível é a insatisfação do cliente quando tenta relacionar-se com a empresa que está mergulhada num comportamento ambíguo, agravando-se rapidamente para o bizarro.

Assim como os filhos herdam valores de seus pais, na empresa os valores sofrem forte influência de seu líder fundador além de outros fatores como, por exemplo, o cultural.

* A relação entre funcionários de uma empresa situada nos Estados Unidos é fundamentalmente diferente do relacionamento da mesma empresa situada no Japão ou Coréia, independente de seu líder fundador ou nacionalidade de seu atual presidente.

Bem difundidos os valores promovem a uniformidade na atitude dos funcionários da empresa, influencia seu comportamento mercadológico com clientes, parceiros, fornecedores e comunidade, regula conflitos, atrai talentos, garante previsibilidade que é traduzida na satisfação dos clientes e finalmente exerce papel fundamental na manutenção da “essência da marca” durante seu processo contínuo e delicado de construção.

No dia-a-dia a empresa enfrenta todos os tipos de desafios. Sejam eles internos de maior controle ou externos de nenhum controle. Ambos demandam criatividade e flexibilidade na elaboração de alternativas sem perder a assertividade na tomada de decisões nem o senso ético e social que muitas vezes são negligenciados em situações de crise grave.

Uma vez definidos e publicados os valores devem ser principalmente vivenciados recompensando publicamente aqueles colaboradores que dão o exemplo prático e, portanto servem de exemplo para toda organização. Os valores impactam profundamente a empresa nas suas várias dimensões promovendo uma ordem social no sistema da empresa e que orienta:

• Líderes que cultivam os valores propagando-os entre os funcionários;

• Dirigentes que auxiliam na priorização e direcionam a tomada de decisões;

• RH facilita contratações;

• Atendimento ao cliente que vocaliza, para os clientes, tudo de bom que acontece dentro da empresa;

• Investidores que buscam investir seu dinheiro em empresas com boa prática gerencial.

* A Intel Corporation, uma das maiores empresas de tecnologia do mundo, tem seus valores impressos no crachá que todo funcionário deve carregar obrigatoriamente para circular pela empresa. Além disso, os valores estão pendurados nas salas de reuniões. Durante as reuniões com debates muitas vezes acalorados, freqüentemente, utilizam-se os valores para balizar o debate e mantê-los produtivos e construtivos.

Constituindo os valores da empresa

Os valores dividem-se em ‘valores funcionais’ que representam suas competências, e outro conjunto de valores que representam a personalidade da empresa que foram moldados durante sua existência e experiência, marcados pelo sucesso no relacionamento com seus clientes, parceiros e fornecedores.

“Os valores devem servir para qualquer audiência ou público alvo que se relaciona com a empresa”.

Quando o ecossistema formado por seus clientes, parceiros e fornecedores estão bem mapeados e as crenças que a empresa possui são claras, está na hora de articular os valores num formato claro, compreensivo e principalmente verdadeiro.

Normalmente a empresa não tem o benefício do tempo, ou seja, semanas e meses para pensar e articular seus valores. Necessita de uma ação pragmática e ao mesmo tempo consensual para realizar esta tarefa.

Uma das formas de encurtar este caminho para obter a primeira versão dos valores que ainda devem amadurecer ao longo dos anos é “listar as palavras” que melhor telegrafam suas crenças e princípios. Convocar um grupo multidisciplinar de colaboradores e líderes para debatê-las, ratificá-las e priorizá-las.

Exemplo: ambição, competência, individualidade, igualdade, integridade, serviço, responsabilidade, respeito, dedicação, diversidade, melhoramento, lealdade, credibilidade, honestidade, trabalho em equipe, qualidade, eficiência, excelência, dignidade, colaboração, empatia, realizações, coragem, sabedoria, independência, segurança, desafio, influência, amizade, compaixão, generosidade, persistência, otimismo, flexibilidade, etc.

Volkswagen

1. Proximidade ao cliente

2. Alta performance

3. Adicionar valor

4. Renovação

5. Respeito

6. Responsabilidade

7. Sustentabilidade

Nestlé

1. Pessoas em 1º lugar;

2. Estreito Relacionamento de Nossas Marcas com o Consumidor;

3. Liderança de Mercado e de Atitude;

4. Qualidade Superior;

5. Performance;

6. Comprometimento;

7. Respeito;

8. Ética;

9. Transparência.

Fonte

LUCIO JR, Nori. A personalidade da marca é reflexo dos valores da empresa. Disponível em: . Acesso em: 31 mar. 2008.



quinta-feira, maio 26, 2011

Empregar não pagará imposto. Faturar, sim

Tem muitas complicações e detalhes, mas em geral é muito boa a ideia do Governo de acabar com a contribuição previdenciária sobre a folha de pagamentos.

Essa intenção foi tema ontem do encontro entre as centrais sindicais e o Ministro Guido Mantega.

A contribuiçâo previdenciária seria, progressivamente, transferida da folha de pagamentos para o faturamento das empresas.

E escalonada: quem ganha muito e emprega pouco, teria uma alíquota maior. Quem fatura menos e emprega muito, pagaria uma percentagem menor.

Os bancos, por exemplo, que empregam pouquissimo e faturam os tubos, pagariam mais. Já o dono da lanchonete, que emprega muitíssimo mais, se comparado ao que fatura, pagaria percentualmente menos.

Não haverá a atual desigualdade , quando quem mais emprega (ou eleva salários) é punido com mais contribuição. Quem menos emprega, ou não emprega com carteira assinada, leva vantagem porque só contribui com a taxação sobre o faturamento, a Cofins. O sistema é um desestímulo ao emprego de trabalhadores com registro e à elevação dos salários.

De outro lado, isso vai financiar a previdência sem onerar o trabalhador ou sem que se tire deles mais direitos do que já foram tirados. o que acontece é que a informalidade no mercado de trabalho sempre fez que um enorme npumero de pessoas, mesmo trabalhando, acabasse se aposentando por idade, em lugar do tempo de contribuição.

Pouca gente sabe, mas das aposentadorias pagas pelo INSS, só 30% são por tempo de contribuição, enquanto mais da metade são por idade. Absolutamente justo que as pessoas com idade avançada tenham aposentadoria – que é necessário melhorar – mas isso deixa “capenga” o sistema e ainda isenta aqueles que se beneficiaram do trabalho informal das contribuições regulares que deveriam ter feito sobre o que lhes gerou renda.

Não é uma ideia nova, mas pela primeira vez ganha força de realizar-se aqui. Data dos anos 70, quando os avanços tecnológicos começaram a permitir que grandes empresas e bancos se expandissem enormemente ao mesmo tempo em que reduziam seu quadro de pessoal.

Não vai ser, como disse, uma mudança fácil. Do lado dos trabalhadores exige muita segurança de que não haverá prejuízos. A Previdência também terá de simular e simular as mudanças para não ter surpresas. Mas, podem crer, o sistema financeiro e a mídia vão gritar e tratar o assunto como “aumento da carga tributária”. De fato, para os setores que lucram sem empregar, assim será, como também para os que meramente operam negócios no país.

E é bom frisar que deve ser acompanhada de um convencimento da população de que exigir notas fiscais e recibos de mercadorias e serviços é um gesto que garante o seu futuro protegido pela aposentadoria, eliminando a sonegação da contribuição previdenciária sobre o faturamento de empresas.

È preciso pressa para mudar, mas calma para não propor uma mudança profunda sem as condições de viabiliza-la politicamente. É preciso “recompor o time” no legislativo, para enfrentar uma tramitação que não será nem rápida, nem fácil.

Fonte
 

quarta-feira, maio 25, 2011

Fórmulas de crescimento

Por Delfim Neto

É uma grande ilusão imaginar que o Brasil estará entre as cinco maiores economias do mundo na década atual se não realizar investimentos pesados em um novo padrão de energia, independente da utilização de petróleo. Apesar do abandono do planejamento estratégico e de nossa fraca vocação para pensarmos a longo prazo, a verdade é que mantemos algumas características de país altamente inovador. Temos realizado avanços extraordinários no desenvolvimento de processos e na pesquisa em energias alternativas, em razão da antiga (e, felizmente, superada) dependência das importações de petróleo. Não atendemos, porém, às necessidades de financiamento na medida exigida pela continuidade das pesquisas.

O rápido crescimento da economia chinesa tem atraído a atenção geral, mas devíamos orientar o nosso interesse em acompanhar, prioritariamente, as inovações que se estão processando nos Estados Unidos da América (EUA), na Alemanha e nos países nórdicos. A China, por enquanto, continua sendo uma economia que copia muito mais do que investe em inovação. Os norte-americanos, com todos os problemas de suas finanças, mantêm a dianteira nos investimentos em desenvolvimento tecnológico: no governo Obama, decidiram recuperar a autonomia energética, investindo pesadamente no desenvolvimento de novas modalidades de energia. De seu lado, alemães e escandinavos estão ampliando os investimentos em energia alternativa e já colhem resultados expressivos da utilização de energia eólica.

Em termos imediatos, o que acontece de importante nos EUA e na China é a ênfase total dos investimentos públicos na expansão e modernização da infraestrutura dos transportes e comunicações de modo geral. O caminho brasileiro não deve ser diferente: temos de acelerar os investimentos na infraestrutura dos transportes para eliminar, o mais rápido possível, os gargalos que encarecem a circulação interna e as exportações da produção agrícola e industrial.

Não é preciso repetir que o Brasil é um país inovador. O que nos falta é o suporte do crédito, de forma contínua, para sustentar as inovações, é claro que com algumas notáveis exceções: alcançamos o estado da arte na produção de combustíveis para transporte, e a EMBRAPA fez, em 30 anos, uma revolução na produtividade de nossa agricultura e pecuária, dando um enorme retorno aos parcos recursos de investimentos que recebeu.

Para que o Brasil se transforme, efetivamente, em protagonista importante da revolução que vai mudar, profundamente, os processos de produção industrial e agropastoril em todo o mundo, os próximos governos terão de dar prioridade absoluta aos investimentos em inovação e ao desenvolvimento tecnológico. A fórmula do crescimento é inovação mais crédito. Sua aplicação foi fundamental para a construção da mais poderosa economia global no século passado. Não há razão alguma para ignorá-la.

Fonte

Delfim Netto. Fórmulas de crescimento. Internet: (com adaptações). Texto retirado da prova de AGU 2010.

terça-feira, maio 24, 2011

A revolução brasileira com os tablets

Coluna Econômica

Ontem, o Ministério da Fazenda e o da Ciência e Tecnologia anunciaram incentivos fiscais que reduzirão em até 31% o preço dos tablets produzidos no Brasil. Na verdade, o incentivo consiste em enquadrar os tablets na categoria de computadores, beneficiando-os com os mesmos incentivos contidos na Lei do Bem, de 2005.

Os incentivos consistem na isenção de PIS e Cofins, que pesam em 40% no preço final do produto. Se os estados aderirem ao incentivo, serão mais 12% de redução, em média.

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Do ponto de vista tecnológico, há alguns avanços. Para ter direito aos incentivos, os fabricantes terão que se submeter a um Processo Produtivo Básico (PPB) que define graus crescentes de nacionalização de componentes.

No caso de "placas-mãe" (a alma do tablet) em 2012 deverá ter 80% de nacionalização e no ano seguinte 95%. Faz parte da nova filosofia do MCT de exigir a transferência de tecnologia para o país.

Segundo o Ministro de Ciência e Tecnologia, Aluizio Mercadante, os incentivos permitirão repetir o que houve com a indústria automobilística no Plano de Metas de JK. Atraídas as primeiras, cria-se a massa crítica para o desenvolvimento da cadeia produtiva do setor.

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Mas o grande salto poderá ser na educação.

Para tanto, terão que ser articulados outros instrumentos complementares.

Um deles é o FUST (Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações).

Em junho de 2008, o Congresso alterou a Lei 9.998, que instituiu o FUST, incluindo a obrigação de "garantir a todos o acesso a tecnologias de informação e comunicação de qualidade, independente da sua condição social". Tornou obrigatória também o acesso de todas as escolas públicas à banda larga até o final de 2013, atingindo 63 milhões de alunos.

Tem que se incluir no kit-escola equipamentos que permitam sinais em wireless ou ampliar a política de banda larga criando uma categoria especial de usuários do tablet que possam acessar também banda larga por celular.

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A segunda ferramenta será a parceria do MCT com o Ministério da Educação, para financiar conteúdos educacionais digitais multimídia. Já existe documento nesse sentido. Aí, sim, haverá condição de uma verdadeira revolução educacional brasileira.

De um lado, tornando disponível para todos os alunos da rede pública uma infinidade de livros didáticos, sem os gastos vultosos do Programa Nacional do Livro Didático.

De outro, familiarizando-os definitivamente com as novas mídias, as novas competências profissionais, a sociabilização da rede, dando-lhes acesso à produção cultural vasta, permitindo o contato com jovens de todos os países.

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Segundo Mercadante, daqui a dois anos a Coreia não terá mais livros didáticos impressos. Todos estarão disponibilizados em meio digital. Apenas no MCT há um banco de dados de teses com 200 mil trabalhos em todas as áreas do conhecimento.

Diz Mercadante que com as novas ferramentas, será possível ao aluno assistir aulas online e até mesmo substituir cadernos pela tela eletrônica.

Fonte

http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/a-revolucao-brasileira-com-os-tablets



quinta-feira, maio 19, 2011

Visão Estratégica de Negócio - 2

Qual é o seu negócio? Muitos empreendedores têm grandes dificuldades para responder a essa questão. O que a primeira vista é uma pergunta simples, se mostra complexa diante da falta de entendimento da questão.

O que se percebe em uma análise empírica é que de modo geral os empresários definem como o seu “core business” as atividades evidentes que exercem. De modo bem simples, o comerciante de produtos tecnológicos autodenomina-se varejista de computadores e peças para PCs (Hardware e Software), ou seja, o foco é a oferta de produtos e serviços. Falta a visão estratégica de negócio.

O que é um erro grave e pode gerar grandes perdas financeiras e de oportunidades de crescimento e expansão empresarial. Pois essa visão limitada do próprio negócio não valoriza a demanda (os clientes) e, sim, os métodos, os processos e as políticas internas da empresa.

Quais são as consequências desse erro e como consertá-lo é o que veremos adiante.

São inúmeras as consequências da falta de visão estratégica para um negócio, a mais comum é a falência, mas para fins de estudo veremos duas que influenciam toda dinâmica de atuação de uma empresa.

Uma é a visão de mercado que não privilegia o cliente, suas necessidades e desejos. A outra é o posicionamento estratégico inadequado.

Pode-se dizer que os dois erros são consequência da falta de estudo e analise do mercado consumidor. Desse modo faremos as analises em conjunto.

A empresa que privilegia sua oferta em detrimento dos clientes o faz por falta de conhecimento de seu mercado consumidor. Essa falta de conhecimento gera um posicionamento errado diante desse mesmo mercado. Em casos mais graves as empresas só percebem essa ação na prática quando as contas não fecham. Os resultados são negativos a cada balanço mensal.

Todo esforço de marketing e posicionamento desenvolvido pela empresa é prejudicado pela falta de foco na aplicação do Mix de Marketing e pela falta de conhecimento do nicho de mercado correto para tal. Como se pode imaginar as perdas proporcionadas pela aplicação ineficaz das ferramentas de marketing são muito grandes.

As dicas para solução desta situação problemática são simples, mas requerem disciplina e dedicação muito grandes.

Mude o foco. Privilegie a demanda. Olhe para o mercado. A resposta para entender o seu negócio está em seus clientes e na utilização que os mesmos fazem dos seus produtos e serviços. Posicione-se estrategicamente diante do mercador consumidor.

Para isso, é preciso investir em pesquisa de mercado, em analises de perfil dos clientes, conhecer e mapear o nicho de mercado de atuação de sua empresa.

Uma dica é converse com seus clientes, estabeleça uma política de relacionamento. Entenda a utilização dada por cada cliente a seus produtos/serviços. Tais informações agregam valor na negociação do produto e no posicionamento diante do mercado consumidor.

Com o conhecimento de seus produtos, da perspectiva dos clientes em relação a eles, de seu mercado consumidor. Toda estratégia de marketing de sua empresa irá se diferenciar da concorrência e será vista de modo adequado pelo seu cliente.

A visão estratégica de negócio é o entendimento da empresa sobre os benefícios que os seus produtos/serviços proporcionam à sociedade. A utilização correta desses benefícios quando conhecidos pelas organizações se transformam em valores, que se tornam vantagens competitivas do empresário melhor preparado para lidar com o mercado consumidor.

A partir desse momento então, o lojista de produtos de informática, lá do início do texto, deixa de ser um mero comerciante, para se tornar um parceiro na busca de soluções tecnológicas acessíveis a seus clientes. Transformando-se em centro de excelência e de assistência tecnológica.

Descobrir qual é o seu negócio, então, é uma questão de conhecimento do seu mercado consumidor, nicho de mercado (clientes/concorrentes/fornecedores) e dos benefícios que a sua empresa proporciona à sociedade.

As dicas são simples, porém muito efetivas. Pratique-as e verá que as Pequenas Ações geram Grandes Resultados.

Tiago Lira Vieira

http://admtiagolira.blogspot.com/

terça-feira, maio 17, 2011

O Brasil precisa da UHE Belo Monte para crescer e distribuir renda, diz MME

Para que o país continue a crescer na faixa de 5% do PIB a cada ano será necessária a instalação de mais 71,3 mil MegaWatts até o ano de 2019. Por isso, o projeto de construção da Usina Hidrelétrica Belo Monte, no rio Xingu, no Pará, é vital para permitir o parque industrial funcionar a pleno vapor. A avaliação foi feita pelo secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia (MME), Altino Ventura Filho, durante workshop “Belo Monte para Jornalistas”, realizado em Brasília pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom).

“O Brasil precisa, nos próximos dez anos, instalar 70% da energia que instalou em toda a sua história. Se não houver energia elétrica, o país não irá crescer 5% ao ano”, disse o secretário.

Embora defenda formas alternativas para geração de energia, como eólica e solar, o secretário diz que é alto o custo do investimento e do preço final destas fontes alternativas para o consumidor e, por isso, as hidrelétricas tornam-se mais vantajosas. “A energia hidrelétrica é a fonte mais econômica, renovável e adequada às nossas necessidades, inclusive do ponto de vista ambiental”, defendeu.

O custo da energia gerada por Belo Monte deve ficar em menos de R$ 80 o MW/h (MegaWatt/hora), enquanto as outras fontes, como a energia eólica, custariam no mínimo R$ 130 o MW/h, afirma Ventura Filho.

“Levar energia até a casa dos brasileiros que ainda não têm é uma forma de resgate social”.

Funai: Nenhuma terra indígena será alagada por Belo Monte

Durante workshop promovido pela Secom, o presidente da Funai, Márcio Meira, afirmou que nenhuma terra indígena será alagada com a construção da usina.

“O projeto foi modificado para não alagar terras indígenas. Não haverá supressão de terras e nem remoção de indígenas”, assegurou Meira.

O presidente da Funai disse que o órgão está cumprindo seu papel no processo, estabelecendo condições e medidas que minimizem os impactos do empreendimento junto aos povos indígenas da região. São 13 as condicionantes indígenas, sob responsabilidade da Norte Energia S.A., que constam da licença prévia emitida pelo Ibama em fevereiro do ano passado. Outras 13 condicionantes, incluindo proteção e fiscalização das terras indígenas, cabem ao Estado brasileiro.

“Se o empreendimento é importante para o país, então que os primeiros beneficiários sejam os povos daquela região”, disse.

Meira esclareceu ainda que a Funai, como órgão interveniente, vem realizando estudos e reuniões nas dez terras indígenas localizadas na área de influência da obra desde 2007. Foram realizadas 42 reuniões de consulta com indígenas, incluídas as quatro audiências públicas em Brasil Novo, Vitória do Xingu, Altamira e Belém. Intérpretes, inclusive, foram empregados para traduzir do português para as respectivas línguas.

A Funai vai acompanhar ainda a execução do Plano Básico Ambiental, os programas de Comunicação Indígena e de Proteção das Terras Indígenas, todos de responsabilidade do empreendedor.

Ibama: Viabilidade ambiental da UH Belo Monte já foi atestada

O presidente do Ibama, Curt Trennepohl, afirmou que, se todas as condicionantes forem cumpridas, o órgão emitirá a licença de instalação definitiva da obra de Belo Monte. Trennepohl participou também do workshop que teve por finalidade tirar dúvidas de jornalistas sobre o empreendimento.

“Ações já foram propostas com o intuito de paralisar o processo, mas não existe nenhuma vedação judicial ao procedimento de licenciamento ambiental”, afirmou.

Trennepohl declarou ainda que não há prazo para a emissão da licença de instalação da obra da barragem e fez questão de destacar a independência dos 24 técnicos que analisam o processo. Na semana passada, equipe da Diretoria de Licenciamento Ambiental do Ibama finalizou vistoria no local do futuro empreendimento, próximo a Altamira (PA), e trabalha agora na elaboração do parecer técnico.

A viabilidade ambiental do empreendimento Belo Monte já foi atestada pelo Ibama, afirmou Trennepohl, quando da emissão da licença prévia (LP), em fevereiro de 2010, estabelecendo 40 condicionantes para prevenir, mitigar ou compensar impactos do projeto. Caso as condicionantes socioambientais não sejam cumpridas pelo consórcio Norte Energia S.A. (Nesa), responsável pelo empreendimento, o Ibama tem poder para embargar a obra.

“Nem todo impacto ambiental pode ser considerado um prejuízo. Algumas vezes deve ser considerado um custo. O papel do órgão licenciador é procurar minimizar ou compensar os efeitos adversos para o meio ambiente”, disse.

Norte Energia

O consórcio Norte Energia já recebeu, em janeiro deste ano, a licença para instalação dos canteiros de obra. O consórcio aguarda a licença definitiva para iniciar a construção do empreendimento. Segundo o diretor Socioambiental da Nesa, Antônio Coimbra, as condicionantes estabelecidas pelo Ibama estão sendo tratadas com seriedade.

“Todas as condicionantes foram atendidas ou estão em atendimento”, afirmou.

O consórcio é composto pela Eletrobrás e por um grupo de empresas privadas brasileiras. Com a construção da UHE Belo Monte, o governo espera acrescentar 11 mil MegaWatts (MW) de capacidade instalada à matriz energética nacional. Com essa potência, Belo Monte será a segunda maior hidrelétrica do Brasil, atrás apenas da usina Itaipu Binacional, administrada por Brasil e Paraguai, com 14 mil MW de potência. Belo Monte deverá iniciar a geração comercial em janeiro de 2015, com sua motorização total prevista para janeiro de 2019.

Fonte

domingo, maio 15, 2011

A importância da marca

As marcas já eram utilizadas antes da Revolução Industrial. Nas oficinas medievais, o artífice obrigatoriamente colocava o seu sinal nos produtos como ouro, prata e tecidos. Este era um símbolo particular que se tornou a marca registrada do fabricante. Hoje vivemos sob o domínio de signos. Nesse contexto, a marca de uma empresa ou produto é a síntese de seus valores. Mais do que um cartão de visitas, a marca é um elemento intemporal já que remete com mesmo poder ao passado, presente e futuro da empresa. Porém, por mais contraditório que possa ser, uma marca também envelhece.

E aqui, não se fala simplesmente de desaparecimento gradativo, mas em envelhecimento como sinônimo de desgaste. A capacidade de absorção do consumidor é limitada, e a cada dia que passa, estamos sujeitos a um número maior de informações das mais variadas formas. Então, para entrar nessa batalha, é necessário ter bem definido a nossa marca e o que ela transmite. Ou seja, quais as informações que ela agrega e o modo como ela se torna visível. Os clientes têm pressa na satisfação de seus desejos, o que implica informá-los de maneira correta, rápida e objetiva. A MARCA representa a empresa visualmente. Transmite através das cores e do design, algo sobre a personalidade e benefícios do produto. Nós, humanos, aprendemos por cognição, percepção e repetição.

Desta forma, para acreditar em uma marca e percebê-la como familiar, é preciso estar exposto a ela muitas vezes, experimentá-la, ver seu símbolo (logo) tanto e a tal ponto que marca e produto se confundam. Para tanto é fundamental a padronização desta exposição, facilitando a leitura da marca pelo consumidor, com consistência e uniformidade, em todos os seus momentos de aplicação.

Fonte

BORGES, Fernanda. A importância da marca. Disponível em: . Acesso em: 13 dez. 2007.


quarta-feira, maio 11, 2011

Planejamento Digital uma Visão Grandiosa

Por: Tiago Lira Vieira

Haverá retrocesso no sistema de informatização das empresas e na consequente inclusão das organizações no universo do comércio digital? É pouco provável. Na realidade é improvável para ser bem realista.

Certamente, ao analisarmos as tendências verificamos o aumento do comércio na WEB. Atualmente, têm-se diversos sites específicos em comércio digital. Por exemplo, sites de compras coletivas. Ao digitarmos no Google “Sites de Compras Coletivas” as opções são diversas. Outro bom exemplo são as editoras, que fomentam o mercado de livros através da internet. Para ficarmos em exemplos clássicos, não podemos deixar de citar os diversos magazines que operam na Web com suas linhas completas de eletroeletrônicos.

Faça o teste em sua rede de relacionamentos, pergunte a seus contatos quantos deles já compraram um livro, um ingresso para a apresentação de um grande artista ou uma geladeira pela internet?

Outra questão importante é a convergência digital, ou seja, a integração entre as mídias. Atualmente, temos uma convergência entre o próprios meios de comunicação eletrônicos (com o e-mail, acesso o blog, o twitter, o facebook, o linkein) e a convergência entre os diferentes tipos de mídias, como por exemplo, a TV digital que agrega elementos da mídia tradicional (televisiva) com os “condimentos” do mundo virtual. Claro que a ideia da convergência digital é muito mais ampla do que temos até então, que é “dinamitar os muros” existentes entre a mídia radiofônica, televisa, digital e proporcionar mobilidade.

As possibilidades e os impactos dessas fusões ainda estão sendo absorvidas pelas empresas. Cada caso é um caso. Não há e não haverá métodos e processos corretos que conduzam ao sucesso. Os profissionais e as empresas terão de aprender o caminho do sucesso através de pesquisa e desenvolvimento da melhor estratégia de atuação utilizando as novas mídias.

Nesse contexto, que a importância de um profissional ganha força. O planejador digital. Muito mais do que saber de mídias sociais tem que entender de tecnologia e integração tecnológica. Não precisa ser um expert em programação, mas tem que entender os desdobramentos de cada mudança para aproveitar a oportunidade que surge em cada “gap”.

O planejamento digital é a ferramenta de trabalho do planejador, que tem a função de pensar além das atuais demandas por acessos as redes virtuais da moda, mas tem que pensar na estratégia da empresa para que sua marca continue sólida na internet, ou se consolide a partir da web.

Pense nisso e reveja seus valores.

Tiago Lira Vieira

http://admtiagolira.blogspot.com/

terça-feira, maio 10, 2011

Os gargalos na inovação brasileira

IPEA analisa de gargalos das políticas de inovação

Por Lilian Milena  Do brasilianas.org

Os instrumentos públicos de incentivo e financiamento à inovação no setor produtivo brasileiro são considerados modernos e semelhantes aos adotados nos países de primeiro mundo, mas seus resultados ficam aquém das expectativas criadas. A análise é da 13ª edição do boletim Radar – Tecnologia, Produção e Comércio Exterior – divulgada hoje pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).

Os fatores que respondem a baixa inventividade na produção industrial brasileira são basicamente: aversão ao risco; reduzida orientação para o mercado exterior e elevada participação de empresas multinacionais em segmentos intensivos em pesquisa e desenvolvimento (P&D), isso porque estas companhias costumam manter seus centros de pesquisa nos países mais desenvolvidos.

O instituto também destaca que os instrumentos legais e financeiros criados no país, desde a década de 1990, para incentivar a inovação no setor produtivo não foram concebidos de modo estratégico, mas sobe uma lógica simplista de modelo de inovação.

“As políticas prescritas tinham um caráter instrumental: bastaria alocar recursos financeiros nas atividades de pesquisa básica, usar o poder de compra do Estado em setores estratégicos, como o militar, e aguardar os transbordamentos naturais em direção às demais atividades econômicas”, coloca Luiz Ricardo Cavalcante, do IPEA.

Os requisitos para aplicação dos mecanismos de concessão de bolsas de pesquisa, por exemplo, envolvem mais a publicação de artigos, ou seja, a produção científica, do que a produção de tecnologia (patentes obtidas) pelo pesquisador. Segundo dados de 2009, de 13.433 projetos aprovados e participantes dos fundos setoriais, apenas 1.831 (13,6%) contavam com a participação de empresas.

O pesquisador Cavalcante aponta casos de sucesso, que envolvem elevados níveis de articulação entre instituições que produzem conhecimento e o setor empresarial: a articulação da Petrobras com universidades e centros de pesquisa para o desenvolvimento de tecnologias de exploração de petróleo em águas profundas; a elevada capacidade de geração e difusão de tecnologia da Embrapa; e a articulação da Embraer com centros de produção de conhecimento, como o Instituto de Tecnologia da Aeronáutica (ITA).

Políticas não focalizam empresas

O segundo obstáculo que impede aumentar o grau de inovação nas indústrias brasileiras é a carência de incentivos para implementar políticas com foco nas empresas, isso porque os gestores e instituições públicas responsáveis pela alocação de recursos para P&D se sentem mais seguros investindo em centros de pesquisa e universidades, do que esperar pelo retorno que o setor produtivo pode oferecer.

Outro gargalo observado pelo pesquisador é a excessiva pulverização de recursos públicos para inovação. Cavalcante observou que os gestores são incentivados a dividir os recursos formando redes de apoio em vez de estabelecerem focos claros para investimento. A alocação dispersa de dinheiro resulta num número maior de projetos apoiados com pouco recurso e que acabam morrendo por falta da continuidade de verbas.

O último problema identificado pelo pesquisador do IPEA foi chamado de “isomorfismo na formulação de políticas”. Ou seja, além de evitar a pulverização excessiva de recursos, as políticas de inovação não priorizam áreas ou setores que devem receber mais verbas.

O relatório sugere que o Estado se volte para os setores de média-alta tecnologia que são, atualmente, os que mais contribuem para os investimentos em P&D da indústria de transformação no país, uma vez que são responsáveis por pelo menos metade dos investimentos nas inovações ocorridas na indústria de transformação do país.

Em 2008, a relação entre P&D empresarial/PIB brasileiro foi de 0,54%. A meta programada pela Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP), ainda não disponíveis, era elevar essa relação para 0,65% em 2010.

Fonte

segunda-feira, maio 09, 2011

A cadeia (produção) em destaque

Na categoria Indústrias Diversas, a adoção de ferramentas de gestão da cadeia de fornecimento supera, e muito, a média geral do estudo As 100+ Inovadoras no Uso de TI.

Uma característica comum ao setor industrial quando o assunto é tecnologia é o foco dado a questões operacionais. Historicamente, esse é um segmento onde aplicações fabris são extremamente caras e acabam assumindo o primeiro escalão na hora de definir investimentos. Mas esse quadro vem mudando – até porque a competição com empresas altamente sofisticadas exige das companhias brasileiras o mesmo patamar de excelência de produtos, atendimento e gestão.

E é gestão o grande destaque das corporações que responderam ao estudo As 100+ Inovadoras no Uso de TI na categoria Indústrias Diversas. Todas as 19 empresas ouvidas são usuárias contumazes de sistemas integrados de gestão, os ERPs – a média geral da pesquisa indica que a adoção desse tipo de ferramenta é de 82,45%. Como se não bastasse, 38,9% das companhias do segmento realizaram projetos considerados muito importantes ou importantes em seus ERPs nos últimos 12 meses.

Esse é o caso da GE Dako, a segunda colocada no setor e 27a na classificação geral. Em 2003, a fabricante de produtos de linha branca realizou a migração de seu sistema para uma nova plataforma, ao mesmo tempo em que fez uma completa revisão de seus processos. Usuária do Datasul Magnus desde 1996, a empresa, com vistas a uma aquisição que seria finalizada no ano passado, fez, em 2002, uma análise da ferramenta mais atual da fornecedora nacional frente ao sistema da Baan. Acabamos por optar pelo Datasul EMS, além de definir a troca da plataforma de dados Progress por Oracle, conta Artur Paoletti, CIO.

A solução foi implantada em duas plantas fabris, localizadas em Campinas e Itu, no interior do Estado de São Paulo. Em Campinas fizemos uma migração. Já em Itu foi necessário substituir o BPCS, que rodava na empresa que adquirimos. E o trabalho foi realizado, com equipe interna, em apenas quatro meses, orgulha-se o executivo. O segredo para tal agilidade foi um acordo fechado com a alta administração da GE Dako. Decidimos implantar a solução padrão – trabalho conferido a uma consultoria externa –, com um pequeno índice de customização, a cargo da nossa equipe, apenas em processos que mostrassem ganho financeiro ou diferencial competitivo.

Uma das áreas em que as empresas da categoria parecem entender que TI pode ajudar a ganhar competitividade é na automação do chão de fábrica – 84,2% das companhias ouvidas fazem uso dessas ferramentas, contra uma média geral de 43,7%. Com um sistema do gênero, nós conseguimos ganhos em inventário, que era incompleto, de pessoal e de estoque. Tudo isso integrado ao nosso back office, conta Ailton da Costa Silva, gerente de informática e comunicação da Eucatex, quarta colocada no setor.

A história de utilização de TI na Eucatex é bastante interessante e dá uma mostra de como a tecnologia era – e em alguns casos ainda é – encarada pelas indústrias brasileiras. Eu vim para cá em 1975, para implantar o primeiro mainframe IBM, que foi substituído no início dos anos 90, quando adotamos plataformas médias e descentralizadas, lembra Silva. Nós sempre trabalhamos olhando para a relação custo/benefício, nunca por modismos. Tanto que, na virada do ano 2000, eu não gastei nenhum tostão com substituição de sistemas. Tudo já estava pronto havia muito tempo, garante o executivo.

Apesar das palavras de Silva, o segmento tem um dos mais altos índices de utilização de identificação por radiofreqüência – RFID –, uma das tecnologias mais quentes do momento. No geral, são casos de projetos-piloto, que buscam encontrar aplicações que façam sentido para os negócios e que justifiquem o alto investimento necessário. Nós estamos levando o RFID para todas as usinas de fumo, para contagem de estoque, diz Andrew Paulo Cordery, CIO da Souza Cruz, empresa mais inovadora dentre as Indústrias Diversas e 15ª na classificação geral.

O trabalho atual com RFID vem suportado por um projeto-piloto de seis meses. A tecnologia ainda é muito cara. Por isso estamos usando apenas nas usinas de fumo, que exigem uma quantidade menor de equipamentos, esclarece Cordery. Mas não vejo como fugir desse tipo de aplicação.

Outro destaque da Souza Cruz é a integração da cadeia produtiva. No setor, 57,9% das empresas são usuárias de sistemas de gestão da cadeia, ante uma média geral 36,3%. O processo, com nossos fornecedores, já existe aqui há muito tempo, garante o CIO da empresa. Desde o plantio do fumo, que envolve 45 mil produtores agrícolas, até o processamento e entrega do produto final, tudo está integrado. Em alguns casos, nossos fornecedores têm acesso direto ao SAP.

Com uma infra-estrutura operacional que Cordery classifica de sólida, o futuro próximo será dedicado à definição de um sistema corporativo de metas de negócios, baseado em ferramentas de business intelligence e balanced scorecard. Está sendo criada, na área de TI, uma equipe multidisciplinar de BI para criar essa plataforma de apoio à decisão, finaliza o executivo.

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SCAGLIA, Alexandre. A cadeia em destaque. [S.l.: s.n.].

domingo, maio 08, 2011

Portugal se rebela contra acordo com FMI

Por Altamiro Borges

A Central Geral dos Trabalhadores de Portugal - Intersindical (CGTP-IN) convocou para 19 de maio duas manifestações contra o acordo recentemente assinado pelo governo com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Central Europeu. Elas ocorrerão em Lisboa e no Porto e visam protestar contra o "pacote que engorda os bancos e arrocha o povo português".

"São medidas que levarão ao agravamento do desemprego e à redução nos direitos dos trabalhadores à saúde e ao ensino por conta de cortes orçamentários nestas áreas", explicou Manuel Carvalho da Silva, presidente da CGTP-IN. Há uma onda crescente de revolta contra a regressão neoliberal no país e a expectativa é que os protestos de 19 de maio sejam massivos.

Greve geral

Em novembro de 2010, os trabalhadores portugueses já realizaram uma greve geral contra os cortes que o governo impôs ao orçamento - numa prévia da submissão da economia ao FMI. Em março, também ocorreram manifestações com milhares de pessoas, que forçaram o parlamento a votar contra o pacote do governo. A rejeiçao causou a queda do primeiro-ministro, José Sócrates.

Num acordo entre os partidos da ordem, porém, José Sócrates foi mantido no cargo, num "governo interino", até a realização da eleição prevista para junho. Esse conchavo garantiu a assinatura do termo de submissão ao FMI. O acordo prevê um empréstimo "condicionado" de US$ 78 bilhões a Portugal em três anos. As parcelas serão liberadas à medida em que os cortes e as metas estabelecidas pelos banqueiros forem sendo cumpridas.

"Sujeição sem limites à banca mundial"

Como na Grécia e na Irlanda, a "ajuda" do FMI tem destino carimbado. Para usá-lo, o governo se comprometeu a cortar US$ 195 milhões na educação, a reduzir subsídios públicos para o desenvolvimento de empresas locais e a acelerar o seu programa de privatização (incluindo a entrega de aeroportos e da TAP e de empresas de energia tais como a Galp, EDP e REN, além dos Correios e das seguradoras estatais, especialmente a Caixa de Seguros).

Diante deste atentado à soberania nacional, a CGTP deciciu intensificar as lutas no próximo período. Como afirmou Manuel Carvalho durante o comício do 1º de Maio, os trabalhadores não aceitarão passivamente a colonização de Portugal; "a sujeição sem limites à banca mundial".

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sábado, maio 07, 2011

Governo estuda isenção de alguns impostos sobre o serviço de internet banda larga

Uma das principais metas do governo da presidenta Dilma Rousseff é levar internet de alta velocidade por um preço mais acessível a todos os domicílios brasileiros, afirmou o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, em participação a Campus Party 2011, considerada o maior evento de inovação, ciência, criatividade e entretenimento digital de todo o mundo.

“No Brasil tem uma demanda crescente por serviços de internet em alta velocidade. Nós estamos trabalhando para que antes mesmo de 2014 o Plano Nacional de Banda Larga já tenha resultados visíveis”, afirmou o ministro.

No palco principal, o ministro das Comunicações falou sobre os desafios que o setor precisa vencer no Brasil e acrescentou que uma das medidas que podem ser adotadas pelo governo para ajudar na massificação da banda larga é a redução de alguns impostos que incidem sobre o serviço. Segundo ele, o governo federal já estuda essa possibilidade e vários governos estaduais se manifestaram favoráveis à desoneração de impostos para o setor.

O ministro Paulo Bernardo afirmou ainda que nos próximos meses o governo fará um grande arranjo institucional com todos os agentes envolvidos no Plano Nacional de Banda Larga. “Até o final de abril fecharemos os acordos para baratear o preço da internet proposto no plano. Uma das intenções é reduzir impostos”, disse.

A Campus Party, que é realizada pela quarta vez no Brasil, reúne na capital paulista 6,5 mil participantes vindos de países como Colômbia, Equador, Espanha, Estados Unidos, México, Portugal e Reino Unido, além do Brasil. O objetivo, segundo os organizadores, é a partilha de conhecimento, troca de experiências e a realização de todo o tipo de atividades relacionadas a computadores, às comunicações e às novas tecnologias.

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sexta-feira, maio 06, 2011

A divisão do estado do Pará

Câmara aprova plebiscito para dividir o Estado do Pará
Com o desmembramento, a Amazônia passará a contar com dois novos Estados: o Carajás e o Tapajós. O Pará é atualmente é a segunda maior unidade federativa brasileira

RODOLFO BORGES

BRASÍLIA – O Estado do Pará é grande. A segunda maior unidade federativa do país tem 1,24 milhão de quilômetros quadrados, área que, na opinião dos deputados federais Lira Maia (DEM-PA) e Giovanni Queiroz (PDT-PA) torna o estado ingovernável. É sob esse argumento que os parlamentares defenderam e conseguiram aprovar na Câmara um plebiscito para o desmembramento do Pará em três estados, a partir da criação de Carajás e Tapajós. O plebiscito sobre a criação de Carajás já seguiu para promulgação e o de Tapajós deve passar mais uma vez pelo Senado, porque sofreu alteração na Câmara. A ideia dos defensores da divisão é juntar as duas propostas em apenas um plebiscito, que deve ser realizado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Pará num período de até seis meses após a promulgação.

Se confirmada a divisão pela população local, Tapajós seria o maior dos três estados em questão, com 58% da atual área do Pará, 27 municípios e 1,3 milhão de habitantes, a oeste. Carajás, que ficaria com as porções sul e sudeste, teria 39 municípios (25% do território atual) e 1,6 milhão de habitantes. Ao Pará restariam 86 municípios onde se localizam atualmente 4,6 milhões de habitantes. A criação dos estados implicaria na insEituição de mais duas estruturas governamentais no país, algo que no Brasil costuma custar mais do que o necessário. Mas os defensores da proposta repudiam qualquer possibilidade de aumento de gastos, pelo menos além do que as regiões envolvidas necessitem. O deputado Chico Alencar (PSol-RJ) criticou o baixo quórum da sessão que aprovou os projetos.

Defensor da criação do estado de Tapajós, o deputado Lira Maia refuta as críticas. “O bolo de recursos da União vai ser dividido do mesmo jeito”, disse o deputado ao Brasil 247. Segundo o parlamentar, o custo-benefício da divisão do Pará supera qualquer argumento contrário à ideia, tendo em vista que regiões desassistidas atualmente passaria a ser alcançadas pelo Estado. “Temos dois laboratórios vivos na criação do Tocantins a partir de Goiás e na separação de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Esses estados veem crescendo num ritmo três vezes maior que o Brasil”, argumenta Maia.O deputado também diz que não seria necessário abrir novas vagas no Congresso Nacional, pois os estados dividiriam a atual cota de senadores e deputados do Pará.

O deputado lembra que o estado do Tapajós já é discuto há mais de 150 anos. “Ainda no Brasil Império, no estudo da divisão da terra da Amazônia, foi sugerida a criação da província do Tapajós”, disse, acrescentando que nos últimos 20 anos a discussão voltou à tona. Os plebiscitos chegaram a ser aprovados por unanimidade no Senado no ano 2000, e, desde então, os projetos aguardavam deputados que se interessassem pelo tema para seguir tramitando. Segundo o deputado Giovanni Queiroz, líder do PDT e defensor da criação do estado de Carajás, já existe até uma emenda de R$ 8,6 milhões no Orçamento deste ano para a realização do plebiscito.

Aprovada a consulta popular, o verdadeiro trabalho dos defensores da divisão será convencer os habitantes de todo o Pará de que a estratégia será benéfica para toda a região. “Se fosse ouvida apenas a população da área pretensa, mais de 90% seriam favoráveis. Se for no estado todo, vamos precisar de um esforço de campanha”, comenta Maia. Na avaliação do deputado, talvez a população paraense não tenha a noção dos benefícios que se apresentam e precisa ser esclarecida, a exemplo do que ocorreu durante o referendo sobre o desarmamento. Maia garante ter estudos de viabilidade econômica que atestam os benefícios da divisão do Pará.

http://www.agenciaamazonia.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=956:camara-aprova-plebiscito-para-dividir-o-estado-do-para&catid=1:noticias&Itemid=704

Governador do Pará diz apoiar consulta sobre divisão do Estado

Simão Jatene ressaltou, porém, que não quer o plebiscito no ano que vem

O governador do Pará, Simão Jatene (PSDB), disse nesta quinta-feira (5) ser favorável ao plebiscito que pode dividir o Estado para criar as unidades de Carajás e Tapajós.

Ele afirmou, porém, que defende a realização de uma ampla campanha de comunicação para mostrar à população “as ameaças e oportunidades da divisão”.

Para Jatene, a sociedade deve ter total clareza do que vai escolher, bem como de suas reais consequências.

Ele também não admite que o plebiscito esteja “associado a qualquer tipo de processo eleitoral”, para que não seja contaminado. O governador teme que a consulta ocorra em 2012, ano de pleitos municipais.

Quando era deputado, o chefe da Casa Civil do governo, Zenaldo Coutinho, apresentou uma emenda no valor de R$ 1 milhão para realização de um estudo, feito pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), sobre os impactos sociais e econômicos da divisão para os governos estadual e federal.

Estimativas preliminares apontam que o retalhamento do Pará custaria R$ 3 bilhões aos cofres públicos.

Contrário à divisão, Coutinho não gostou de saber da manobra feita pelos deputados Lira Maia (DEM) e Giovanni Queiroz (PDT) para que os projetos de decretos legislativos que autorizam os plebiscitos fossem votados na sessão de hoje da Câmara.

Segundo a assessoria da Casa Civil, Coutinho estava “indignado”, mas preferia ainda não falar sobre o assunto antes de ter uma reunião com Jatene.

Nesta quinta, a Câmara aprovou dois projetos que autorizam a convocação de um plebiscito sobre a divisão do Pará. Enquanto a proposta sobre Carajás será promulgada, a do Tapajós terá ainda de passar pelo crivo dos senadores.

A região do Tapajós engloba 29 municípios, nas regiões do Baixo Amazonas e do Sudoeste Paraense. A região tem uma população de 1,7 milhão de pessoas, o equivalente a cerca de 20% da atual população do Pará. O futuro Estado já teria até capital: Santarém, com 276 mil habitantes.

Carajás, por sua vez, englobaria municípios localizados no sul e no sudeste do Pará, que abrangem uma área de 284,7 mil quilômetros quadrados, onde vivem cerca de 1,4 milhão de pessoas.

De acordo com o projeto aprovado, o plebiscito será feito em novembro, seis meses após a publicação da lei.

Se o resultado for favorável à criação do estado, a Assembleia Legislativa do Pará discutirá os impactos administrativos, financeiros, econômicos e sociais da divisão territorial.

http://noticias.r7.com/brasil/noticias/governador-do-para-diz-apoiar-consulta-sobre-divisao-do-estado-20110505.html

Fonte

http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/a-divisao-do-estado-do-para?utm_source=twitterfeed&utm_medium=twitter

quinta-feira, maio 05, 2011

Número de usuários de internet no Brasil cresce 13,9% em um ano e chega a 43,2 mi

O total de usuários ativos de internet chegou a 43,2 milhões em março de 2011, o que significou uma evolução de 4,4% na comparação com o mês anterior, segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope) divulgada nesta quarta-feira (4/5). Em relação aos 37,9 milhões de usuários ativos de março de 2010, o aumento foi de 13,9%.

A maior parte do crescimento do número de internautas nos últimos meses pode ser atribuída – segundo o instituto – ao aumento da presença de computador com internet nas residências. No período de um ano, o total de usuários ativos de internet no domicílio cresceu 20,7%, ao passar de 29,1 milhões para 35,1 milhões. O Ibope considerou como usuário ativo pessoas com dois anos ou mais de idade que utilizaram pelo menos uma vez em março computador com internet.

O Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) prevê um incremento ainda maior no universo dos usuários de internet do país. A meta do governo é massificar, até 2014, a oferta de acessos banda larga e promover o crescimento da capacidade da infraestrutura de telecomunicações do país. Para isso, o Ministério das Comunicações pretende definir, até o fim de junho próximo, um plano de metas para oferecer internet em larga escala por R$ 35. Com esse valor, o Plano levara acesso à internet a 70% da população brasileira.

Velocidade da conexão - Os dados do Ibope apontam que a evolução do uso da internet em domicílios vem ocorrendo nas conexões de maior capacidade. Nos últimos meses, houve aumento do número de usuários nas conexões mais rápidas, enquanto caiu a participação das conexões de até 512 Kb.

O número de pessoas que usaram em março de 2011 uma conexão residencial de mais de 8 Mb, segundo o critério de aferição de banda larga adotado na pesquisa, foi de 1,9 milhão, ou 5,5% dos 35,1 milhões de usuários ativos domiciliares. A participação das conexões mais lentas, de até 128 Kb, caiu de 13,3% em março de 2010 para 7% em março de 2011.

Inclusão - No início da semana passada, na coluna Conversa com a Presidenta, Dilma Rousseff afirmou que a velocidade oferecida pelo PNBL será superior a 1 Mbps. A presidenta disse também “que a expansão do acesso a este serviço estimula o desenvolvimento e a inclusão social, e é também uma forma de combater as desigualdades no país”.

“Queremos internet de alta velocidade para todos os brasileiros, sejam eles do campo ou das cidades, morem em bairros ricos ou nas periferias, cidades grandes ou pequenas”, completou.

Fonte

http://blog.planalto.gov.br/numero-de-usuarios-de-internet-no-brasil-cresce-139-em-um-ano-e-chega-a-432-mi/

segunda-feira, maio 02, 2011

Novos Produtos: A chave para o Sucesso ou para o Insucesso Empresarial

Ao considerarmos as intensas turbulências ambientais, onde a volatilidade de mercados aliados às mudanças do comportamento do consumidor, além dos ciclos de vida mais curtos dos produtos, a propagação desenfreada de novas tecnologias e a crescente profissionalização da concorrência, pode-se afirmar que ao se falhar no desenvolvimento e lançamento de novos produtos, a empresa estará se expondo a um grande risco, tal risco pode tornar o novo produto inviável do ponto de vista financeiro.

Entre os vários fatores internos e externos à empresa que estão relacionados com o sucesso ou insucesso no lançamento de novos produtos, condicionando, facilitando ou restringindo a sua ocorrência, os fatores de Marketing são apontados por vários pesquisadores como os mais importantes.

Algumas características do mercado e outros fatores podem explicar a ocorrência de sucesso ou não no lançamento de novos produtos, entre outros, são eles:

Mercado favorável;

Sensibilidade do mercado a propaganda;

Sensibilidade do mercado a inovações no produto;

Experiências anteriores bem ou mal sucedidas da empresa no lançamento de novos produtos;

Tradição e força da marca da empresa no mercado;

Percepção da qualidade do produto, entre outros.

Entretanto é preciso salientar que está lista não é exaustiva, diversos outros fatores e condições podem fomentar o sucesso ou insucesso de novos produtos, principalmente os relacionados a bens de consumo corrente.

A despeito de ser vital para o crescimento, lucratividade e longevidade das companhias, a inovação de produtos, principalmente quando se trata de um novo produto, representa grande risco para a empresa. O maior risco no lançamento de novos produtos está no estágio de introdução no mercado. Visto ser esta a fase mais crítica de todo o processo.

Também com relação ao sucesso/insucesso várias conceituações podem ser utilizadas, podendo-se, por isso, chegar a resultados diferentes. Empresas diferentes, adotam diferentes mecanismos de mensuração dos resultados dos novos produtos, conceituando-os às vezes como insucesso ou como sucesso, o que diferencia uma abordagem da outra são as escalas usadas pelas organizações.

Implicitamente, nos diversos ramos de atividades estão associados riscos de diferentes proporções; bem como ao porte das empresas estão associados não só riscos diferentes, como também expectativas diferentes. De qualquer forma, o importante a notar é que existe um risco, que não é pequeno, em lançar novos produtos no mercado.

Como as empresas podem reduzir este risco? Em primeiro lugar é importante saber a razão por que novos produtos se tornam insucesso. Entre as diversas causas de insucesso pode-se citar algumas relacionadas a deficiências nas ações de Marketing, são elas: inadequadas análises de mercado, escolha errada da época de lançamentos, falhas em prever antecipadamente a concorrência e baixos esforços de distribuição.

De outro lado, fatores relacionados a orientação para mercado, integração multifuncional ou ainda o escopo das estratégias globais das empresas, representam conjuntamente pontos vitais a serem analisados.

Obviamente existem diversas outras razões, entretanto, a adequação de ações relacionadas a Marketing, permitem as empresas diminuírem as incertezas relacionadas ao processo de desenvolvimento e lançamento de novos produtos no mercado.

O importante, principalmente considerando as características gerais do empresariado brasileiro, é abandonar o empirismo, o “achismo”, e buscar métodos e formas de análise que realmente permitam uma contextualização mais apurada da realidade que cerca cada ramo de atividade, considerando obviamente, a realidade vivida por cada setor e suas peculiaridades.

Fonte

VIOLIN, Fábio Luciano. Novos Produtos: A chave para o Sucesso ou para o Insucesso Empresarial. Disponível em: . Acesso em: 09 mar. 2006.