quinta-feira, junho 30, 2011

Balanced Scorecard

Por: FGV-Online

Origem

A idéia similar a Balanced Scorecard pode ter surgido durante os anos sessenta na França, onde se utilizava uma ferramenta chamada Tableau de Bord. Era uma tabela que incorporava diversos rateios para o controle financeiro da empresa, com o passar dos tempos passou a incorporar também indicadores não financeiros, que permitiam controlar também os diferentes processos de negócios.

quarta-feira, junho 29, 2011

Câmara aprova regras específicas de licitações para Copa e Olimpíadas


Foram rejeitados todos os destaques da oposição que pretendiam barrar as novas normas, mas mudança na redação deixa explícito que órgãos de controle terão acesso às estimativas de custo das obras; texto também cria a Secretaria de Aviação Civil.

O Plenário concluiu, nesta terça-feira, a votação da Medida Provisória 527/11, na qual o relator, deputado José Guimarães (PT-CE), incluiu em projeto de lei de conversão regras específicas para licitações de obras e serviços relacionados às copas das Confederações (2013) e do Mundo (2014) e das Olimpíadas e Paraolimpíadas (2016). A matéria deve ser analisada ainda pelo Senado.

terça-feira, junho 28, 2011

Pão de Açúcar e Carrefour já preparam proposta ao Cade

Fusão das duas cadeias de supermercados vai controlar o varejo alimentar na região Sudeste, sobretudo em São Paulo

Por: Claudia Facchini, iG São Paulo

O Grupo Pão de Açúcar e o Carrefour já estão preparando uma proposta para levar ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que terá de aprovar a fusão das suas das duas maiores cadeias de supermercados e hipermercados do País.

O órgão antitruste já deu sinais de que será duro no julgamento de fusões desse porte ao impor, recentemente, fortes restrições à união da Sadia e Perdigão. O processo está em fase de julgamento no órgão antitruste.

Trabalho nos tempos Pós- Modernos

Por: Carlos Alberto de Faria

1. Todo empregado é um prestador de serviços a uma empresa, pois este fornece um desempenho, diariamente, em troca de alguns benefícios que ele e a empresa acordaram.

2. As tarefas repetitivas estão sendo feitas cada vez mais por máquinas, deixando para trás aquele famoso empregado mostrado no filme "Tempo Modernos", de Charles Chaplin.

domingo, junho 26, 2011

10 pontos mais importantes sobre finanças para Pequenas Empresas

Por Joseph Anthony

Freqüentemente, contadores e consultores especializados em pequenas empresas dizem que estas não prestam atenção suficiente ao fluxo de caixa, que é a medida da quantidade de dinheiro que realmente existe na empresa.

sexta-feira, junho 24, 2011

Os 8 erros mais comuns em vendas

Por: Raul Candeloro

Você espera que seus vendedores alcancem melhores resultados? Espera que seus clientes comprem mais? Espera que vocês atinjam a meta mais facilmente e obtenham lucro? Isso pode ser possível, se você evitar os oito erros mais comuns em vendas:

quinta-feira, junho 23, 2011

COMUNICAÇÃO COM O MERCADO

Por: Carlos Alberto de Faria

É um péssimo cozinheiro aquele que não pode lamber os próprios dedos.

                                                                             Willian Shakespeare
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Não é o que você faz, é o que o seu cliente busca, quer, deseja, almeja, procura e quer.

Esse é que é o foco da sua mensagem.
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quarta-feira, junho 22, 2011

Consumo, logo existo

Por: FGV-Online

Consumo, logo existo. Pode até parecer um exagero esta afirmação, mas mesmo quem não possui renda precisa consumir. O indigente ou o pedinte consomem, mesmo não possuindo renda. O prato de comida, a noite no albergue ou qualquer outro donativo, somente foi possível porque houve produção e alguém resolveu contribuir com os menos favorecidos e transferiu parte de sua renda para esse fim. Afinal de contas, não existe almoço de graça.

terça-feira, junho 21, 2011

ANS publica norma sobre garantia e tempos máximos de atendimento

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) publicou nesta segunda-feira, 20/6/2011, a Resolução Normativa nº 259 que garante ao beneficiário de plano de saúde o atendimento, com previsão de prazos máximos, aos serviços e procedimentos por ele contratados. Em noventa dias após a publicação da norma, quando esta entrará em vigor, as operadoras deverão garantir que os beneficiários tenham acesso aos serviços e procedimentos definidos no plano, no município onde os demandar ou nas localidades vizinhas, desde que estes sejam integrantes da área geográfica de abrangência e de atuação do plano.

Após convenção da OIT, ministro defende extensão de direitos a domésticas

Por: Luciene Cruz

Brasília – O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, pretende propor um projeto que assegure às empregadas domésticas os mesmos direitos que o restante dos trabalhadores. A ideia é que a proposta seja entregue à presidenta Dilma Rousseff até o fim do ano. Dessa forma, a categoria terá direito ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), ao abono salarial, ao seguro-desemprego e a horas extras.

IPCA-15 de junho fica em 0,23%; e IPCA-E, em 1,71%



O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) teve variação de 0,23% em junho, bem abaixo da de maio (0,70%). Com esse resultado, o IPCA-E (acumulado do IPCA-15) ficou em 1,71% no segundo trimestre deste ano, acima do segundo trimestre de 2010 (1,30%), e fechou o primeiro semestre de 2011 com 4,10%, resultado superior ao de igual período do ano anterior (3,35%). Considerando os últimos 12 meses, o IPCA-15 ficou em 6,55%, pouco acima dos 12 meses imediatamente anteriores (6,51%). Em junho de 2010, a taxa havia sido de 0,19%.

Apesar de as tarifas dos ônibus urbanos terem se elevado em 1,30%, exercendo, junto com as tarifas aéreas, com alta de 12,85%, os principais impactos no mês (0,05 ponto percentual cada um dos itens), os transportes foram responsáveis pela forte desaceleração do IPCA-15 de maio (0,70%) para junho (0,23%). O grupo apresentou queda de 0,73%, enquanto havia subido 0,93% no mês anterior. Esse comportamento é explicado pela gasolina, que ficou 3,43% mais barata, liderando, assim, os principais impactos para baixo (-0,15 ponto percentual), seguida pelo etanol, que passou a custar 16,53% a menos em junho, com impacto de -0,08 ponto percentual. Juntos, os preços dos combustíveis tiveram queda de 4,56% e um impacto de -0,23 ponto percentual no IPCA-15 do mês.

Nas tarifas dos ônibus urbanos, a alta de 1,30% é atribuída a variações em Goiânia (8,44%), Belém (7,03%) e Rio de Janeiro (3,31%), tendo em vista reajustes ocorridos.

Como mostra a tabela a seguir, além dos transportes, que apresentaram queda, a maioria dos grupos mostrou desaceleração na taxa de variação de preços de maio para junho.




Os alimentos colaboraram muito para a desaceleração do resultado, ao passarem de 0,54% em maio para 0,11% em junho. Foram vários os produtos que ficaram mais baratos, a exemplo do arroz (-2,02%), das frutas (-4,08%), dos peixes (-5,14%) e da batata-inglesa (-13,03%).

Entre os não alimentícios, a variação passou de 0,75% em maio para 0,27% em junho. Ficaram abaixo do mês anterior itens controlados ou monitorados importantes na despesa das famílias, como energia elétrica (de 1,14% para 0,46%) e taxa de água e esgoto (de 1,64% para 1,16%). Os remédios também tiveram desaceleração na taxa (de 2,77% em maio para 0,53% em junho) e ocorreu ainda redução na variação da taxa dos salários dos empregados domésticos (de 1,14% para 0,33%).

O grupo que apresentou o resultado mais alto foi vestuário (de 1,30% em maio para 1,28% em junho), com destaque para as roupas infantis (de 1,59% para 1,84%).

Dentre os índices regionais, o maior foi registrado em Recife (0,56%), tendo em vista as tarifas de energia elétrica (3,47%). Goiânia (-0,05%), Brasília (-0,02%) e Curitiba (-0,02%) apresentaram os menores resultados. A seguir a tabela com os resultados por região:



Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados de 14 de maio a 13 de junho e comparados com aqueles vigentes de 13 de abril a 13 de maio de 2011. O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA; a diferença está no período de coleta dos preços.

Fonte: IBGE

domingo, junho 19, 2011

Crescimento moderado

Por: Delfim Netto

Nestes últimos quatro ou cinco meses, o desenvolvimento da economia brasileira mostrou que o Banco Central está mais antenado com o entendimento moderno da política monetária do que seus críticos. A contenção da taxa de inflação tem, seguramente, um conteúdo estacional – ela talvez volte a se elevar – mas é uma boa indicação de que a continuidade dessa política pode nos levar de volta ao centro da meta no fim de 2012. Não precisamos mais de muita pressa, como estava sendo “exigido” pela crítica.

O PIB vai crescer próximo de 4,5% este ano, o que já é uma redução do ritmo de crescimento normal de nossa economia. Não tem nada a ver com os 7,5% (que são apenas efeito de um truque estatístico), porque o Brasil não cresceu mais que 5%, se considerarmos a recessão que nos atingiu no meio do caminho da saída- da crise. O fato é que temos um desenvolvimento ainda razoável, comparado com os níveis de crescimento da maioria das nações do globo e uma inflação até o fim do ano parecida com 6%, com alguma possibilidade de reduzi-la ao longo de 2012.

É preciso olhar o que está acontecendo no resto do mundo com as economias mais poderosas neste pós-crise para entender por que o Brasil já não cresce como estamos acostumados. Uma parte substancial da queda no crescimento vem de fora, devido ao enfraquecimento da economia mundial. Nos Estados Unidos, já se teme a síndrome de uma “década perdida”, como a que viveu a economia japonesa até o ano passado.

A pressão inflacionária interna provém do setor de serviços, em razão das próprias características da demanda da mão de obra nesse mercado e da melhora na formação de pessoal. De nada adianta estranhar os níveis da remuneração, porque isso é parte de um processo civilizatório irreversível, a partir, principalmente, do sucesso das políticas sociais do governo Lula.

Há uma nova emergência, as pessoas estão mudando de condição, conseguindo melhorar a remuneração do trabalho. Não é apenas porque há uma escassez de mão de obra, mas porque mulheres e homens estão ascendendo no processo social. Imagino que ainda existe quem acredite que as tensões daí derivadas (altamente benéficas) podem ser contidas com a elevação das taxas de juro, o que é um enorme equívoco. Não é por esse caminho.

O que vai acontecer (e já está acontecendo de forma moderada no atual governo) é uma redução de demanda, como resultado das medidas macroprudenciais, mas sem produzir os efeitos indesejáveis que ocorrem quando se faz o combate à inflação apenas com elevações da taxa de juros. Não acredito que vamos correr os riscos de uma recessão, levados por equívocos na condução da política econômica. Qual a probabilidade de termos algum trimestre recessivo este ano? É claro que isso não vai acontecer, não existe essa possibilidade.

Daqui até o fim de 2011, o que vejo é uma situação de desenvolvimento moderado. Os controles de crédito terão algum efeito, mas sem redução expressiva nos níveis de consumo, de modo a terminar o ano com um PIB 4% maior, até mesmo com uma taxa de crescimento aproximando-se de 4,3% ou 4,5%, que era a minha perspectiva desde o início. Não vejo por que rever essas estimativas, apesar das avaliações do início desta semana de parte de ilustres economistas e analistas mais pessimistas por conta da queda do ritmo de crescimento da produção em setores da indústria no mês de abril.

A taxa de inflação deve se amainar nos próximos meses, mas terá alguma recuperação antes de convergir para a meta de 2012. Não dá para imaginar que vamos navegar num mar de tranquilidade em matéria de inflação no ano que vem, porque o setor de serviços vai ter de conviver com o choque da elevação do salário mínimo em 14%. Devíamos ter nos preparado para dividir em duas vezes a correção: uma boa parte das pressões que estão aí deriva do fato de não termos estudado melhor essa questão. Parece que esquecemos que o salário mínimo é unidade de conta. Quase tudo se ajusta pela variação do salário mínimo, principalmente nos serviços, desde os mais irregulares (pagos por hora, por exemplo) até os produtos médicos, obras de engenharia e todos os outros que se reajustam automaticamente.

Esses problemas nos preços provavelmente vão exigir do governo novas medidas de contenção do crédito, com restrições ainda maiores que as adotadas este ano. Isso sinaliza que não teremos nenhuma segurança de um crescimento econômico em 2012 superior ou pelo menos igual ao de 2011.

Não é uma perspectiva agradável, principalmente se levarmos em conta que as questões não resolvidas de indexação devem produzir mais pressões sobre os preços, exigindo do governo ações dramáticas de contenção, desacelerando o crescimento.


quinta-feira, junho 16, 2011

Pela primeira vez na história, risco Brasil é menor que risco EUA

Pela primeira vez na história, os investidores enxergam mais risco de calote dos Estados Unidos que do Brasil.

O Credit Default Swap (CDS) de um ano – instrumento de proteção contra o risco de um devedor não cumprir suas obrigações – do Brasil tem sido negociado abaixo do norte-americano.

“Ainda que circunstancial, trata-se de algo inédito na história ou mesmo um fato impensável que pudesse ocorrer em algum momento”, diz o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco, Octavio de Barros.

No dia de ontem, o CDS do Brasil estava em 41,2 pontos-base, enquanto o norte-americano estava em 49,7 pontos.

“As dificuldades enfrentadas pela economia americana e as tensões no Congresso americano em relação ao teto para o endividamento que será atingido em julho geram incertezas nos mercados”, completou Octavio de Barros.

Veja também Mantega diz que risco Brasil é menor que o dos EUA

Fonte: Portal IG

Se os juros deixarem, o emprego avança

Por: Tijolaço.com                                                               
                                                                                                                                                              
A consultoria multinacional de recursos humanos Manpower divulgou hoje seu estudo mundial sobre as perspetivas do emprego. Publico aí ao lado o gráfico que o site da revista inglesa The Economist elaborou com os dados coletados. Como o Brasil só entrou neste levantamento a partir do final de 2009, tive de colocar em cima do gráfico original os números apurados aqui, não estranhe.

E a consultoria diz que os empregadores do Brasil antecipam um forte ritmo de contratações no 3º Trimestre de 2011, com 41% dos empregadores com expectativa de aumento de contratados, e só 4% prevendo uma diminuição. 53% dos 50 empregadores não prevendo mudanças no nível de emprego em suas empresas. O índice da Manpower, Expectativa Líquida de Emprego – que é a o saldo entre os que esperam contratar e os que pretendem demitir - ficou em +37%.

Os setores mais otimistas são o de serviços financeiros (+58%), a construção civil (+47%)e serviços em geral (45%). A indústria, apesar do pessimismo revelado hoje pela Fiesp, tem uma expectativa positiva de 23%.

Como você vê aí no gráfico, as nossas expectativas de crescimento do emprego estão alinhadas com os dos outros Brics assinalados, China e Índia. Você pode notar também que a Alemanha nada de braçada numa Europa que patina na crise.

Se a pressão por aumentos de juros não aumentar, 2011 será tão bom para o emprego quanto 2010, com um crescimento superior a 2,5 milhões de novos postos de trabalho com carteira assinada, o maior já registrado em nossa história.

Fonte

quarta-feira, junho 15, 2011

Produtividade fará agricultura brasileira avançar, prevê pesquisa

Retirado do Blog do Planalto

    O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wagner Rossi, anuncia o estudo
   Projeções do Agronegócio 2010/2011 a 2020/2021. Foto: Marcello Casal Jr./ABr

Estimativas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), divulgadas nesta terça-feira (14/6), em Brasília, indicam que a produção de grãos deve aumentar 23% até 2021 e a área de colheita será 9,5% maior que atual. A produtividade da agricultura empresarial brasileira vai continuar a garantir safras cada vez maiores, mas com uma expansão menor da área plantada até a próxima década. A participação da produção brasileira no comércio exterior deve aumentar ainda mais, ressaltando que o mercado interno mantenha-se como o principal destino dos alimentos produzidos no país.

Os números foram colocados pela Assessoria de Comunicação Social (ACS) no site do Mapa. As estimativas constam do relatório “Brasil – Projeções do Agronegócio 2010/2011 a 2020/2021” do ministério, realizado em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). “O país deve continuar a produzir alimentos para o nosso povo e outras nações do planeta. Isso mostra a importância e a força do setor agropecuário na economia brasileira”, aponta o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, que concedeu entrevista junto com o coordenador geral de Planejamento Estratégico do Ministério, José Garcia Gasques.



Rossi lembra que o mundo vai precisar cada vez mais de alimentos e o Brasil é um dos poucos países capazes de ampliar a produção sem comprometer seus recursos naturais. O ministro cita estimativas da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), para quem o planeta terá de ampliar em 70% a produção de alimentos para garantir a segurança alimentar da população mundial. A oferta global de proteína animal e vegetal atualmente não é suficiente para alimentar todos os povos. “Cerca de 1 bilhão de pessoas passa fome na Terra”, lamenta o ministro.

O relatório foi produzido pela Assessoria de Gestão Estratégica do Ministério da Agricultura e coloca grãos e carnes como as principais apostas do Brasil para ampliar a produção e a exportação. Coordenado pelo pesquisador José Garcia Gasques, o documento indica algodão em pluma, milho, café, açúcar, soja em grão, leite, celulose, carnes de frango e bovina como os produtos agropecuários brasileiros com maior potencial de crescimento.

De acordo com Derli Dossa, chefe da Assessoria de Gestão Estratégica, as projeções apontam o algodão como o produto que vai se destacar até a safra 2020/2021. “A estimativa é de aumento de 47,8 % na produção e variação positiva de 68,4% nas exportações”, informa. Atualmente, o país produz 1,6 milhão de toneladas de algodão em pluma. A produção vai superar 2,3 milhões de toneladas em dez anos. Quanto à exportação do produto, os embarques subirão para 800 mil toneladas, em comparação às 500 mil toneladas de hoje.

A região situada entre sul do Maranhão, norte do Tocantins, sul do Piauí e noroeste da Bahia – denominada Matopiba – é uma das apostas do Ministério da Agricultura como a nova fronteira agrícola do país. “A região será um marco da agricultura do século 21 em função, inclusive, dos preços reduzidos da terra”, aponta Derli Dossa.

O ministério prevê aumento na produção de grãos em Matopiba. O salto será de 13,3 milhões de toneladas de grãos colhidos em 2010 para 16,6 milhões de toneladas no início da próxima década. Em compensação, a área de colheita deve aumentar de 6,4 milhões hectares para 7,5 milhões de hectares.

Tecnologia

“A produção crescerá com base na produtividade. O Brasil tem mostrado que é possível elevar a produção sem ampliar o crescimento da área plantada, com investimentos em tecnologia”, destaca Wagner Rossi. “A expansão da área de grãos no país se dará em percentual bem abaixo do seu crescimento histórico”.

O ministro afirma que tais estimativas são até modestas diante dos saltos obtidos pela produção agropecuária nos últimos anos. “As projeções são factíveis, mas devem ser superadas. Temos potencial para isso”.

Segundo o estudo, o cultivo de grãos – arroz, feijão, milho, soja e trigo – deve aumentar 23% até a próxima década, com expansão de apenas 9,5% da área plantada. A variação da área cultivada será inferior à média dos últimos dez anos, que foi de 21%. O volume produzido deve superar 175,8 milhões de toneladas em 2021. No ano passado, a safra foi de 142,9 milhões de toneladas.

O Brasil deve manter-se como um dos grandes fornecedores de proteína animal no mercado mundial de alimentos. De acordo com Gasques, a produção de carnes de frango, bovina e suína deve aumentar 26,5% até o início da próxima década. O volume pode superar 31,2 milhões de toneladas. No ano passado, as carnes produzidas no país somaram 24,6 milhões de toneladas. Desses três tipos de carnes produzidas no Brasil, o frango deve se destacar, com perspectivas de aumento de 33,7% nas exportações e de 30% na produção.

Apesar de as estimativas do ministério apresentarem forte aumento das exportações dos produtos nacionais, o mercado interno continuará crescendo no ritmo atual, devido ao aumento da renda dos brasileiros. Na safra 2020/2021, 64,7% do cultivo de soja serão destinadas ao mercado interno. Gasques calcula que 85,4% da produção de milho deverão ser consumidos internamente.

Quanto à produção de carne de frango, 67% não deverão sair do país. Já em relação à carne bovina, 83% serão também destinadas ao consumo nacional. Da suína, 81% terão o mesmo destino.

Mesmo com aumento do consumo interno, a tendência, segundo o estudo, será de aumento da inserção do Brasil no comércio mundial de alimentos. As projeções indicam que a participação da soja grão deve ser de 33,2% nos próximos dez anos. “Carne de frango deve chegar a 49,% e a carne bovina, 30%”, calcula Derli Dossa. Quanto às exportações, depois de algodão, leite e milho serão os produtos brasileiros com maior variação positiva, com ampliação de 50,4% e 56,4%, respectivamente, nas vendas para o mercado internacional.

Projeção regional

O relatório da Assessoria de Gestão Estratégica do Ministério da Agricultura aponta Goiás como o estado brasileiro que terá maior aumento da produção de cana-de-açúcar (42,1%). Atualmente, produção é pouco expressiva no estado. São Paulo vai manter-se na próxima década como o maior estado produtor de cana do país. A produção do estado deve chegar, no início da próxima década, a 574,4 milhões de toneladas, contra os 441,8 milhões de toneladas no ano passado. O crescimento da produção deve chegar a 30%, quase o mesmo percentual da ampliação da área de cultivo, que deve chegar a 6,7 milhões de hectares. Em 2010, a área ocupada pela cana foi de 5,2 milhões de hectares.

Quanto à produção de soja, o estado do Mato Grosso deve manter-se como maior fornecedor do Brasil, de acordo com Gasques. No ano passado, o estado produziu 20,2 milhões de toneladas. O volume deve saltar para 25,7 milhões de toneladas em 2021.

Fonte

http://blog.planalto.gov.br/produtividade-fara-agricultura-brasileira-avancar-preve-pesquisa/

terça-feira, junho 14, 2011

Mantega avalia nova proposta sobre royalties do petróleo

Retirado do site Exame.com

O projeto propõe a divisão entre todos os Estados e municípios brasileiros, produtores ou não, dos royalties e da participação especial (PE) relativos ao petróleo extraído do mar.

Mantega analisa a matéria em parceria com a ministra-chefe da Casa Civil Gleisi Hoffmann

Brasília - A nova proposta de repartição dos royalties petrolíferos e da participação especial (PE) devidos pela exploração de petróleo no mar chegou às mãos do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que analisa a matéria em parceria com a ministra-chefe da Casa Civil Gleisi Hoffmann. Mantega afirmou hoje ao autor da proposta, senador Wellington Dias (PT-PI), que o governo tem duas preocupações principais: preservar o equilíbrio das contas dos Estados produtores e isentar a União de compensá-los pelas perdas de receita. O relato sobre as ponderações do ministro foi feito pelo próprio senador.

O projeto de autoria de Wellington Dias e do deputado Marcelo Castro (PMDB-PI) propõe a divisão entre todos os Estados e municípios brasileiros, produtores ou não, dos royalties e da participação especial (PE) relativos ao petróleo extraído do mar - e não apenas da camada do pré-sal. Segundo Dias, a proposta não diminui os repasses aos Estados produtores - Rio de Janeiro e Espírito Santo.

A proposta separa, em primeiro lugar, o montante destinado aos Estados produtores. O valor restante será dividido entre a União (40%) e Estados e municípios (60%), meio a meio, conforme os critérios de rateio dos recursos dos fundos de participação dos Estados (FPE) e dos municípios (FPM). O objetivo é transformá-la num substitutivo ao projeto de lei (PL) do Executivo 8.051/10, que tramita na Câmara e apresenta outro modelo de repartição dos royalties do petróleo extraído do pré-sal.

A diferença fundamental entre a proposta dos piauienses e a chamada "Emenda Ibsen" - de autoria do ex-deputado Ibsen Pinheiro (PMDB-RS) - é que esta previa que a União compensaria os Estados produtores pelas perdas de receita. O projeto de Dias propõe prioridade na repartição ao Rio e ao Espírito Santo, garantindo-lhes valor equivalente à média do que receberam nos últimos cinco anos (cerca de R$ 9 bilhões).

Reunião

Amanhã, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), deve receber os governadores das regiões Norte e Nordeste para discutirem a proposta em exame pelo governo, de autoria do senador Wellington Dias (PT-PI) e do deputado Marcelo Castro (PMDB-PI). Na noite de hoje, os governadores se reúnem na sede da representação do governo do Ceará para discutir o projeto com o governador Cid Gomes (PSB) e afinar o discurso para a reunião com Sarney.

O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), foi incumbido de negociar o texto com os representantes dos Estados produtores os governadores do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), e do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB).

Alerta

Dias alerta que os representantes dos Estados não produtores rejeitam o projeto do governo, que prevê que eles recebam os recursos da exploração do pré-sal somente a partir de 2019. Por isso, o petista avisa que o governo corre o risco de sair novamente derrotado se levar à votação o PL 8.051/10, porque os não produtores têm pressa em aumentar sua participação no dinheiro.

Em contrapartida, Dias afirma que, se não houver empenho na construção de uma alternativa consensual, os parlamentares (aliados e oposição) vão se unir para derrubar o veto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à "Emenda Ibsen". 




Dicas para Implantar Fluxograma

Por: Tiago Lira Vieira

Sempre se pode aperfeiçoar um sistema, podemos pensar que as empresas por melhores que sejam sempre têm um setor que necessita de uma reorganização em seus processos. E isso fica evidente em situações simples. Por exemplo, a formação de filas no balcão de atendimento pode demonstrar alguma ineficiência neste setor; a demora na liberação de boletos de pagamentos pode significar que o fluxo de documentos está sendo processado de modo inadequado, existem muitas outras situações cotidianas que poderm ser citadas como exemplo, mas nos ateremos a essas.

A proposta do nosso texto é demonstrar um modelo de utilização do fluxograma para solucionarmos esses problemas.Vamos às dicas.

A primeira dica para se implantar um fluxograma é a conscientização de toda empresa sobre o que é fluxograma e qual a sua importância no contexto da organização. Perceba que para isso a participação dos funcionários é fundamental. De que forma? Marque uma reunião para falar sobre o projeto. Para explicar o que é um fluxograma. Demonstre os objetivos da implantação dessa ferramenta e os benefícios. Deixe claro o que se espera de cada um dos participantes nessa empreitada.

Dê espaço para que os funcionários questionem e exponham o ponto de vista deles sobre o tema e principalmente sobre os processos que podem ser melhorados. A opinião dos colaboradores sobre o que pode ser efetivamente aperfeiçoado conta muito no decorrer da implantação do projeto. Na maioria das vezes são eles os beneficiários de tais mudanças. E por estarem em contato direto com a rotina operacional da empresa podem ter as melhores ideias para as modificações necessárias.

O compromisso psicológico que assume o funcionário ao participar de todas as etapas da elaboração de um projeto o torna responsável também pelos resultados alcançados. Desse modo otimizamos a capacidade intelectual de toda empresa em prol de se alcançar resultados satisfatórios aos envolvidos.

A segunda dica é uma das mais importantes. É o processo de analise para se definir qual área deve ser estudada a fim de realizarmos as mudanças necessárias. Devemos entender o atual processo. Quem são os responsáveis, o procedimento utilizado, onde começa, é processado e termina.

O resultado deste trabalho culmina na elaboração do fluxo de tarefas atual. Ou seja, formaliza-se o desenho do processo, o fluxograma. Note que nesta fase é importante verificar a veracidade das informações.

Fluxograma atual montado é a fase de análises e de propostas de melhoria. O fluxo de tarefas mapeado tem de proporcionar visão completa de todo processo inclusive os gargalos, ou seja, os setores que devem ser racionalizados.

Através desse modelo de verificação podemos visualizar em que setor os problemas estão acontecendo e propor modificações estruturais nos processos.

A terceira e última dica é a da implantação de melhorias no fluxograma. Modifica-se o atual processo e torna-o mais rápido e econômico. Solucionado os atuais problemas encontrados no diagnóstico. Nessa fase elaboramos um novo fluxograma com as tarefas realinhadas com os novos métodos de trabalho. O fluxograma é uma ferramenta de competência gerencial. Proporciona ao gestor visualização dos melhores meios de se realizar as tarefas em sua empresa. Para não deixarmos de falar é importante salientar que conjuntamente, com as mudanças nos processos temos de realizar uma modificação cultural, pois as modificações realizadas alteram o modo das pessoas agirem e até mesmo formas de relacionamento entre as pessoas, esse enfoque social e psicológico é tão importante para o sucesso do novo modelo de fluxo quanto o foco na racionalização das tarefas.

Pense nisso e conseguirá excelentes resultados em sua empresa.

Acesse: http://admtiagolira.blogspot.com/

A parceria Brasil-Alemanha nas áreas de ciência, tecnologia e inovação e cultura

Publicado originalmente no Blog do Planalto.

No parlatório do Palácio do Planalto, presidenta Dilma Rousseff e o presidente da Alemanha, Christian Wulff, acompanham desfile militar. Mais tarde, Itamararty divulgou íntegra da declaração à imprensa. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

O Ministério das Relações Exteriores (MRE), por meio da assessoria de imprensa, divulgou nota em que contextualiza a declaração conjunta à imprensa feita pela presidenta Dilma Rousseff e o presidente da Alemanha, Christian Wulff. O documento aborda a cooperação Brasil-Alemanha nas áreas de ciência, tecnologia e inovação e cultura e a “Temporada Alemanha no Brasil”.

A seguir, o Blog do Planalto reproduz a íntegra do documento:

Ministério das Relações Exteriores

Assessoria de Imprensa do Gabinete

Nota à Imprensa nº 177

5 de maio de 2011

Declaração Conjunta à Imprensa sobre Cooperação Brasil-Alemanha nas Áreas de Ciência, Tecnologia e Inovação e Cultura e a “Temporada Alemanha no Brasil” – Brasília, 5 de maio de 2011

Com base no Plano de Ação da Parceria Estratégica, acordado em maio de 2008, e na declaração conjunta emitida em dezembro de 2009, e com o intuito de fortalecer e dar novo impulso às históricas relações bilaterais, a Presidenta da República Federativa do Brasil, Dilma Rousseff, e o Presidente da República Federal da Alemanha, Christian Wulff, expressaram plena concordância sobre a intensificação da cooperação e do diálogo político em alto nível, entre outras, nas áreas de inovação, cooperação científica, tecnológica e cultural e sobre a realização da “Temporada Alemanha no Brasil”.

Ambos os Presidentes realçaram a importância da cooperação em projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação, como forma de estreitar os laços entre empresas e instituições dos dois países e promover o desenvolvimento sustentável.

A cooperação Brasil-Alemanha em ciência, tecnologia e inovação é das mais tradicionais e profícuas e os resultados positivos do “Ano Brasil-Alemanha de Ciência, Tecnologia e Inovação 2010-2011” deverão elevá-la a novo patamar.

Nesse contexto, congratularam-se com a criação do Programa Brasil-Alemanha para o Fomento à Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação e do Fundo Bilateral de Fomento para desenvolver produtos inovadores, de alto conteúdo tecnológico, que atendam aos mercados nacionais e internacionanais. Inicialmente estará dedicado a projetos-piloto em setores estratégicos como os de terras raras e setores de alta agregação de conhecimento e valor como no âmbito médico.

Ambos os Presidentes manifestaram satisfação pela assinatura do Acordo de Cooperação entre o Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), o “Deutsches Elektronen-Synchrotron” (DESY) e o “European X-ray Laser Project (XFEL)”, para cooperação em pesquisa e desenvolvimento de aceleradores, o qual abrirá novas perspectivas na dinâmica da química, ciência dos materiais e biologia estrutural.

Ambos os mandatários coincidiram quanto ao excelente momento para a cooperação bilateral, destacaram em particular a intensificação da colaboração com a Sociedade Fraunhofer em tecnologias inovadoras, em campos como biotecnologia/tecnologia alimentar; meio ambiente/energia; saúde; tecnologia da produção e educação. Nesse sentido, saudaram a possibilidade de instalação de um escritório de representação da Sociedade Fraunhofer no Brasil.

Os Presidentes mencionaram, com satisfação, ação conjunta bilateral no campo da popularização, difusão e educação para a ciência mediante a apresentação da exposição “Túnel da Ciência”, que deverá percorrer treze cidades brasileiras a partir de 2012.

À luz da decisão do Governo brasileiro de intensificar a formação de recursos humanos na área de tecnologia e inovação, ambos os Chefes de Estado saudaram o fortalecimento do intercâmbio de estudantes dos dois países, por meio, entre outras instituições, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico (DAAD) e Fundação Alexander Von Humboldt.

Expressaram satisfação pela assinatura do acordo entre a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), o Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico (DAAD) e a Sociedade Alemã para Cooperação Internacional (GIZ) para apoio a projetos conjuntos nas áreas de “Proteção e Uso Sustentável das Florestas Tropicais” e “Energias Renováveis e Eficiência Energética no Brasil”.

A Senhora Presidenta da República expressou ainda satisfação pelo convite estendido ao Brasil pela “Deutsche Messe” para participar, na qualidade de “país-parceiro”, da maior feira da tecnologia da informação do mundo, a CeBIT, em Hannover, em 2012.

Ambos os Presidentes expressaram satisfação com a cooperação empresarial por meio do Encontro Econômico Brasil-Alemanha, que se realizará no Rio de Janeiro (18-20 de setembro de 2011), e ressaltaram a importância de intensificar a cooperação entre as pequenas e médias empresas alemãs e brasileiras como veículo para a inovação, aumento da competitividade, e para promoção da sustentabilidade.

Ambos os Presidentes saudaram e apoiaram a iniciativa “Temporada Alemanha no Brasil 2013/2014”, que prevê a realização de eventos culturais, científicos, educacionais e econômicos no Brasil entre o segundo semestre de 2013 e o primeiro semestre de 2014. Tal iniciativa deverá contribuir para estreitar a parceria estratégica e o diálogo entre a Alemanha e o Brasil, por meio da atualização das imagens recíprocas e da valorização do patrimônio acumulado desde o início da imigração alemã para o Brasil, no começo do século XIX, intensificado pela presença dos investimentos alemães no Brasil. O alcance das boas relações culturais reflete-se também na presença do Brasil, na condição de país convidado de honra, na Feira do Livro de Frankfurt de 2013. Nesse sentido, ressaltam a importância de somar esforços para a realização da Temporada e dos eventos culturais no contexto da Feira de Frankfurt de 2013 e auspiciam a participação de entidades culturais, educacionais, científicas e empresariais brasileiras e alemãs em tais iniciativas, em favor da promoção das culturas de ambos os países e do estreitamento da parceria estratégica.

Ambas as iniciativas se propõem refletir a diversidade da Parceria Estratégica, bem como franquear novas oportunidades de cooperação entre estados, cidades e instituições de ambos os países.



sexta-feira, junho 10, 2011

Dica de artigo: Midias sociais causam mais danos a marcas que Procon

Em janeiro deste ano, as críticas de um consumidor contra a fabricante de eletrodomésticos Brastemplevaram a empresa a figurar entre os quatro assuntos mais comentados do mundo no Twitter. Nesta semana, o amargo papel foi representado pela Renault. Cansada de esperar durante quatro anos pela atenção da companhia para resolver seu problema, uma consumidora criou um site e gravou vídeos em que conta e compartilha em redes sociais sua indignação com o descaso da marca.

Provas indiscutíveis de que as empresas ainda estão falhando em questões fundamentais como oatendimento ao cliente, os dois casos são também emblemáticos porque colocam a reputação das empresas envolvidas em questionamento.

A escolha por compartilhar a insatisfação na web mostra que os consumidores estão muito mais atentos aos canais de comunicação que têm à sua disposição do que as empresas. E mais, estão cientes de que quando a reputação de uma marca é afetada, o problema é “mais embaixo”, e ela tende a ser mais ágil para amenizar a situação.

O site Reclame Aqui, que atua como um canal online direto de comunicação entre consumidor insatisfeito e marca, registrou em 2010 uma média de 4 milhões de visitas por mês, número quatro vezes maior do que o alcançado em 2009 e também superior à contagem de atendimentos realizados pelo Procon –Procuradoria de Defesa do Consumidor – neste ano, fechada em 630 mil. Isso aponta para uma mudança no comportamento dos consumidores e deve ser visto com atenção pelas marcas.

“Quando o consumidor vai reclamar por telefone ou vai em uma loja física para reclamar de alguma coisa, ele é bastante complacente, mas quando esse mesmo consumidor entra em uma rede social ou qualquer outra rede na web, ele se transforma, usa muita força no que diz e apela mais, colocando detalhes da má experiência que teve. Então esse impacto é muito grande para as marcas.”, diz Maurício Vargas, diretor geral do Reclame Aqui

Para Andre Telles, CEO da agência Mentes Digitais, dificilmente uma ação no Procon impacta tão negativamente uma marca se comparada ao compartilhamento dessa mesma insatisfação nas redes sociais: “Uma reclamação pode ir para frente no Procon, mas apenas como um fato isolado, e por isso não afeta tanto a marca. Mas quando cai nas redes, impacta muito. Os consumidores estão dando exemplo de como utilizar as ferramentas multimídia para reclamar seus direitos.”

Um recente estudo da E.Life, empresa de inteligência de mercado e gestão do relacionamento em redes sociais, monitorou o termo #Fail noTwitter por um período de três meses. Os resultados da pesquisa mostraram que as categorias de empresas mais criticadas no Twitter foram as mesmas mais reclamadas também no Procon.

Ou seja, as redes sociais são hoje um canal natural de autorregulamentação no tratamento do consumidor, como explica Alessandro Barbosa Lima, presidente da E.Life. Apesar de não serem um canal oficial como o Procon, agem como potencializadores na relação da marca com o consumidor, afetando tanto para o bem quando para o mal.

“Com certeza as redes sociais e o Reclame Aqui estão modificando o relacionamento com o consumidor, porque eles estão presentes também no pré-compra. O Procon é presente apenas na repercussão negativa, no pós-compra negativo. A Brastemp, por exemplo, foi parar nas redes sociais porque uma pessoa colocou ela lá, e outras pessoas confirmaram a experiência negativa.”

As reclamações de clientes em redes sociais se tornam cada vez mais efetivas na resolução dos problemas não só porque expõem o desrespeito de uma marca com seu cliente, afetando na credibilidade da companhia, mas sobretudo porque têm um sentido de permanência. O mesmo marketing que uma década atrás era feito boca a boca, hoje é feito também na rede. A diferença é que o que é comentado permanece online, disponível para acesso e pesquisa.

“As informações publicadas em 2004, na abertura do Orkut no Brasil, por exemplo, podem ser consultadas hoje, em 2011, e podem ser tomadas como verdade, mesmo que a empresa já tenha mudado”, diz Barbosa Lima. “O que estamos vendo hoje é que o SAC, em tempos de redes sociais, é feito com uma plateia.Virou praticamente um ‘reality show’. Então acaba sendo hoje bem mais sensível para uma empresa do que era nos anos 90. O que as empresas ainda não entenderam é que o SAC hoje é o novo marketing, e se esse canal não atua bem em redes sociais, ele tá prestando um mal serviço em público.”

Fonte
Portal Exame




terça-feira, junho 07, 2011

Escolas e Modelos de Pensamento Estratégico e de Gestão

Por Pedro Henrique Mello

As empresas, como qualquer agrupamento humano, justificam a união dos indivíduos que a compõem pelo interesse comum partilhado. Porém, mais do que consensar em relação aos fins, uma empresa só justifica sua existência se o caminho definido para atingir os objetivos comuns for claro para seus integrantes e se estiver formalizado em sua estratégia corporativa.

Reflexão

Em momentos de crise, quando os caminhos se tornam nebulosos e tortos, a reflexão sobre os erros e acertos do passado é necessária para se evoluir para um novo patamar de valores e práticas, rever premissas, paradigmas e a forma como se pensa e se executa a estratégia corporativa. Isso é fundamental para que a empresa esteja preparada para construir os caminhos e superar os desafios que o novo contexto de atuação irá exigir.

Dessa forma, revisitamos, neste artigo, algumas das principais escolas de estratégia, nascidas da capacidade e experiência de pensadores do mundo dos negócios – pensadores e analistas que formaram, influenciaram e ainda influenciam gerações de executivos e suas corporações na concepção das melhores estratégias corporativas.

Assim, temos Michael Porter e suas Estratégias Genéricas e Forças Competitivas; Henry Mintzberg e sua visão e hipóteses sobre Estruturas Corporativas; Jim Collins e suas constatações sobre as empresas Feitas para Durar e Clayton Christensen com as estratégias associadas aos Modelos de Inovação.

Michael Porter

Michael Porter, professor da Harvard Business School, é considerado um dos mais célebres na escola da estratégia. A tese de Porter é que a vantagem competitiva está no âmago de qualquer estratégia e para obtê-la é preciso que uma empresa faça uma escolha (trade off) dentre 3 grupos centrais de estratégias genéricas: custo, diferenciação e enfoque.

A essência do posicionamento estratégico consiste em escolher atividades diferentes daquelas dos concorrentes e obter performance superior na estratégia definida, o que permite que empresas competidoras coexistam em um mesmo setor, atendendo a um grupo maior de clientes com necessidades distintas, porém relacionadas a produtos e serviços similares.

Se os mesmos conjuntos de atividades (escolhas) fossem igualmente eficazes em satisfazerem a todas as necessidades dos clientes, as empresas de um determinado setor entrariam em embate direto, com propostas de valor semelhantes que levariam a atitudes como guerra de preços e vantagem competitiva derivada essencialmente da eficácia operacional.

Para ilustrar a forma como enxerga a dinâmica competitiva dentro de um setor, Porter analisou as bases de sua competição e definiu as cinco forças competitivas no famoso diagrama de Forças Competitivas da Indústria:



Os modelos de competitividade definidos por Porter datam da década de 80. Porém, ainda exercem grande influência na forma como as empresas enxergam seus concorrentes. Com o advento da Internet e a evolução das tecnologias de comunicação, os segmentos e cadeias de valor cada vez mais se parecem com redes e os papéis que os diversos stakeholders assumem dependem não mais da rede em si, mas sim de sua relação com ela e com os outros atores participantes.

Em outras palavras, empresas de uma mesma indústria podem ser consideradas, ao mesmo tempo, concorrentes, quando tratam da relação com um determinado segmento de cliente, ou parceiras, quando tratam de outro segmento.

Henry Mintzberg

Segundo Henry Mintzberg, “estratégia representa uma adaptação entre um meio ambiente dinâmico e um sistema de operações estável. Estratégia é uma concepção de organização, de como esta se adapta continuamente ao ambiente em que está inserida.”

Em outras palavras, Mintzberg associa a estratégia de uma empresa à sua arquitetura organizacional, à forma como se estrutura para atender as demandas esperadas e inesperadas de um determinado mercado. As Estruturas de Mintzberg, como ficaram conhecidas, representam um framework de estruturas organizacionais que analisa os inter-relacionamentos e os mecanismos de coordenação entre os componentes básicos da organização, definindo desde os aspectos mais tradicionais, como a amplitude de controle e o grau de centralização, até a formalização e os sistemas de planejamento e de tomada de decisão.

Segundo Mintzberg, as organizações são constituídas por seis componentes básicos, cada um dos quais com funções específicas:

•Vértice Estratégico: é constituído pelos gestores de alto escalão (conselhos de administração, conselhos gerenciais, etc) e pelo pessoal de apoio (staff)

•Núcleo Operacional: é constituído pelos funcionários que executam as atividades básicas (core) da empresa

•Linha Hierárquica Média: é constituída pelos gestores intermediários e diretores funcionais, que fazem a ligação entre o vértice estratégico e o núcleo operacional

•Tecnoestrutura: é constituída pelos analistas, engenheiros, contabilistas, etc responsáveis pelo planejamento, organização e métodos, os quais desenham os sistemas de trabalho dos restantes membros da organização;

•Logística: é constituída pelo pessoal que tem a seu cargo as funções de apoio (serviços jurídicos, relações públicas, pesquisa & desenvolvimento, expediente, etc.)

•Ideologia (ou cultura): inclui os valores, as crenças e as tradições, a personalidade da organização que a distingue de todas as outras e dá “vida” à própria organização.

A partir do relacionamento e interação entre estes 6 componentes básicos, Mintzberg formula diversas hipóteses para se compreender as arquiteturas corporativas.

As múltiplas possibilidades e combinações dentre os elementos centrais definidos por Mintzberg geram uma infinidade de opções de vantagens e diferenciais competitivos. Explorar a melhor combinação depende do grau de instabilidade do setor e do modelo de negócio definido, que, por imposição da conjuntura atual de crise e do aspecto sistêmico da globalização, deve ser o mais flexível e descentralizado possível.

Jim Collins

Jim Collins é considerado uma referência quando se trata do tema perenidade corporativa, tendo dedicado sua carreira profissional a compreender como as empresas crescem, obtêm perfomance superior e como se tornam empresas excelentes e destinadas a sobreviver por diversos ciclos.

Em seu clássico “Feitas para Durar” ele analisa profundamente o que chamou de empresas visionárias – instituições líderes em seus setores e que prosperaram durante muitos anos, ao longo dos ciclos de vida de vários produtos e durante várias gerações de líderes – com o objetivo de identificar as características que possuem em comuns. Dentre elas destacamos:

-Dar as Ferramentas, Não Impor Soluções

Um dos principais pilares das conclusões do livro parte da constatação de que os criadores de empresas visionárias tendem a dar as ferramentas, não impor as soluções.Seu objetivo principal é erguer uma organização. E, em vez de se concentrar em adquirir traços de personalidade de um líder visionário, eles assumem uma abordagem arquitetural e se concentram em definir os traços organizacionais de empresas visionárias.

-Abaixo a tirania do OU. Viva a genialidade do E!

Empresas visionárias são aquelas que venceram uma aparente contradição entre seus propósitos perenes fundamentais (e de longo prazo) e conseguiram se adaptar às condições de mercado e necessidades de curto prazo.

As empresas que souberam criar um caminho criativo para conciliar paradigmas (estratégia do E) ao invés de eliminá-los por escolha (estratégia do Ou) podem ser consideradas, à primeira vista, aberrações conceituais ou modelos híbridos destinados ao fracasso (a exemplo de Accenture e Zara, que têm sido felizes em aliar escala/crescimento E lucratividade), mas que, com o tempo, provam sua superioridade através dos resultados.

Clayton Christensen

Professor da Universidade Harvard, ph.D. em Economia e uma das maiores autoridades mundiais em uma das questões-chave para o sucesso dos negócios atualmente – a inovação, Clayton Christensen criou conceitos que revolucionaram o modo de se pensar a estratégia corporativa contemporânea.

Em seu livro “O Dilema do Inovador”, Christensen sustenta que, na era da globalização, as grandes companhias precisam explorar novos mercados e desenvolver produtos e serviços inovadores, sob o risco de serem retiradas do mercado por inovações que futuramente definirão a natureza da competitividade de seus mercados, as chamadas inovações de ruptura.

Segundo Christensen, há dois tipos de estratégias relacionadas às inovações de ruptura:

-A primeira é o das empresas entrantes no mercado, que optam por focar uma pequena parcela dele, atendendo clientes que já são servidos pelos concorrentes estabelecidos. Neste caso, o entrante concorre com uma estratégia de baixo custo (ou baixo mercado) e, por algum tempo, conseguirá concorrer e obter lucros.

-A segunda é a ruptura de novo mercado, na qual se concorre com o não-consumo, isto é, oferecendo o produto a pessoas que até então não eram consumidores, muitas vezes a uma qualidade inferior, mas a um preço acessível.

No princípio, as tecnologias que revolucionam os mercados surgem em empresas pequenas e trazem um retorno financeiro menor que os produtos das grandes companhias, que são líderes de mercado. Nenhuma empresa investe numa inovação que não trará resultados financeiros tão atraentes quanto seus produtos atuais. Porém, tais inovações são essenciais para que as empresas dominem os mercados no futuro.

Para as empresas de maior porte, não há alternativa senão criar unidades de negócio, centros de competência ou dinâmicas produtivas separadas de suas operações tradicionais para que se desenvolvam produtos e serviços inovadores em uma estrutura de investimentos, despesas e custos adequada.

Conclusão

Definir a melhor combinação entre Estratégias Competitivas e de Mercado (Porter), Arquiteturas Organizacionais (Mintzberg), Práticas Feitas para Durar (Collins) e Modelos de Inovação (Christensen) representa um desafio complexo, mas inerente à competitividade atual.

Apesar de o mind-set estratégico das empresas ainda não estar totalmente formatado para lidar com as variáveis e premissas atuais, sabemos que os ensinamentos e diretrizes destas importantes escolas de pensamento estratégico certamente deverão fazer parte do exercício de sua definição e gestão cotidiana.

Fonte




segunda-feira, junho 06, 2011

Mídias Sociais: Case do Shopping São José

Por Maria Fernanda Lacerda Pereira

Web Contexto gosta de aproximar o cotidiano das práticas de mídias sociais nas empresas. Assim sendo, nada melhor do que conhecer o caminho já trilhado por um shopping que visa aproveitar oportunidades digitais para se relacionar de maneira eficiente com seu público-alvo.

O Shopping São José fica localizado em São José dos Pinhais, e é o maior da região metropolitana de Curitiba. O grande trunfo nesse sentido, foi o de organizar uma estratégia global digital, que potencializa  cada ação ao combinar esforços rumo a um objetivo único.

Acompanhe algumas das ações realizadas pelo shopping:

•Lançamento de versões mobile (celular) e para iPad so site do shopping center. Eles foram desenvolvidos pela empresa Magic Web para demonstrar conteúdo personalizada e interativo, ou seja, contém tudo que está exposto na versão padrão do site.

•Em relação ao segmento em que atua, o Shopping São José foi pioneiro. De acordo com Liana Soifer, a gerente de marketing do grupo, a necessidade é imperativa: “Nossos clientes estão cada vez mais conectados pelo celular e iPad e foi para facilitar o acesso deles ao site do shopping que investimos nestas versões.”

•Quanto ao relacionamento através das mídias sociais, o Shopping acordou uma parceria com a empresa 3PZ Entretenimento para que a terceirização do serviço seja o mais completa possível e não deixe lacunas em relação à identidade da marca junto ao consumidor.

•A idéia das mídias sociais é que o contato se dê através de Facebook, Orkut e Twitter de modo a agilizar e trazer dinamismo a este tipo de contato, muito comum entre o público-alvo da empresa.

•O Shopping São José foi ainda o primeiro do país a criar um site de compras coletivas. O Compra Coletiva Shopping São José, disponibiliza ofertas de suas lojas com descontos e facilidades.

E você? Como está seu relacionamento digital com o cliente?

Conte para nós o seu case e publicaremos aqui no blog!

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Orkut ainda é rei absoluto no Brasil: 80% de preferência. Facebook tem só 14%

Artigo informativo sobre Orkut e Facebook.

Por Rodrigo Martins

O Orkut está morrendo no Brasil? Nem perto, por um estudo da agência de publicidade F/Nazca. Embora o Facebook já tenha passado da metade de usuários do Orkut no Brasil, nada menos do que 80% dos brasileiros preferem a velha e conhecida rede social do Google. O Facebook fica com apenas 14%.

Um dado ainda mais interessante: 7 em 10 internautas brasileiros passam a maior parte do tempo deles na web no Orkut. E só 16% dos ‘orkuteiros’ também estão no Facebook. Por outro lado, 92% dos brasileiros que estão no Facebook também acessam o Orkut.

Ressalva válida: a pesquisa, divulgada no fim de maio, foi feita entre novembro e dezembro do ano passado. Ou seja, o mundo das redes sociais é muito dinâmico. Em seis meses, muita coisa pode já estar diferente.

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domingo, junho 05, 2011

Presidente do Banco Central comenta resultado do PIB

Publicado no site do Bacen
 
Brasília - O crescimento de 4,2% do PIB no primeiro trimestre deste ano, em relação ao primeiro trimestre de 2010, segundo os dados das Contas Nacionais divulgados hoje pelo IBGE, confirma que a economia brasileira se encontra em um ciclo sustentado de expansão, em ritmo mais condizente com o equilíbrio interno e externo.

A demanda doméstica continua sendo o grande suporte da economia, com o consumo das famílias registrando crescimento de 5,9%, em relação ao primeiro trimestre de 2010 (trigésima variação positiva consecutiva nessa base de comparação), desempenho que tem sido impulsionado pela expansão moderada do crédito às famílias, pela geração de empregos e de renda. A Formação Bruta de Capital Fixo, uma boa medida do investimento, cresceu 8,8% no primeiro trimestre, em relação ao primeiro trimestre de 2010, um desempenho robusto e que sugere que o empresariado nacional permanece confiante nas perspectivas para a economia brasileira neste e nos próximos anos.

Brasília, 3 de junho de 2011
Banco Central do Brasil
Assessoria de Imprensa

Fonte

sábado, junho 04, 2011

PIB cresce 1,3% em relação ao trimestre anterior e chega a R$ 939,6 bilhões

Informação retirada do site do IBGE

Em relação ao quarto trimestre de 2010, o PIB (Produto Interno Bruto) a preços de mercado do primeiro trimestre de 2011 cresceu 1,3%, levando-se em consideração a série com ajuste sazonal. O maior destaque foi a agropecuária (crescimento de 3,3% no volume do valor adicionado), seguida da indústria (2,2%) e dos serviços (1,1%).

Na comparação com o primeiro trimestre de 2010, o PIB cresceu 4,2% e, dentre as atividades econômicas, destacou-se o aumento dos serviços (4,0%), seguidos pela indústria (3,5%) e pela agropecuária (3,1%).

No acumulado nos quatro trimestres terminados no primeiro trimestre de 2011 (12 meses), o crescimento foi de 6,2% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores. O PIB em valores correntes alcançou R$ 939,6 bilhões no primeiro trimestre.



Na comparação com o 4º trimestre de 2010, investimento volta a acelerar

Na comparação com o 4º trimestre de 2010 (em que o PIB teve aumento de 1,3%), o crescimento da indústria foi de 2,2%, com destaque para o desempenho da indústria de transformação (2,8%). Construção civil (2,0%) e eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana (0,7%) também cresceram; já a extrativa mineral caiu 1,5%.

No setor de serviços (1,1%), as maiores elevações foram em comércio (1,9%) e transporte, armazenagem e correio (1,7%). Os serviços de informação tiveram crescimento de 1,1%, seguidos por administração, saúde e educação públicas (0,9%) e atividades imobiliárias e aluguel (0,2%). A atividade outros serviços registrou estabilidade no trimestre, enquanto intermediação financeira e seguros teve queda de 0,4%.

Em relação aos componentes da demanda interna, o destaque ficou com a formação bruta de capital fixo (FBCF ou investimento planejado), que voltou a acelerar e registrou expansão de 1,2% no primeiro trimestre de 2011 (depois de ter crescido 0,4% no trimestre imediatamente anterior).

Após apresentar crescimentos de 1,1%, 1,7% e 2,3%, respectivamente, nos últimos três trimestres de 2010, a despesa de consumo das famílias desacelerou e teve variação de 0,6% no primeiro trimestre de 2011. Já a despesa de consumo da administração pública cresceu 0,8%.

Pelo lado do setor externo, tanto as exportações (-3,2%) quanto as importações de bens e serviços (-1,6%) apresentaram quedas.

Em relação ao 1º trimestre de 2010, serviços são destaque

O PIB cresceu 4,2% no primeiro trimestre de 2011 em relação a igual período de 2010, sendo que o valor adicionado a preços básicos aumentou 3,8%, e os impostos sobre produtos líquidos de subsídios cresceram 6,5%.

Sob a ótica da produção, sobressaiu-se o crescimento dos serviços (4,0%). Todas as atividades de serviços registraram variações positivas, com destaque para intermediação financeira e seguros (6,4%), comércio atacadista e varejista (5,5%) e serviços de informação (5,1%). Transporte, armazenagem e correio teve expansão de 4,7%; os outros serviços (que englobam serviços prestados às empresas e às famílias, saúde e educação mercantis, serviços de alojamento e alimentação, associativos, serviços domésticos e serviços de manutenção e reparação) cresceram 3,5%. Por fim, administração, saúde e educação públicas teve expansão de 2,8% e serviços imobiliários e aluguel cresceu 1,9%.

O crescimento da indústria desacelerou, passando de 4,3% no quarto trimestre de 2010 para 3,5% no primeiro trimestre de 2011, inclusive por conta da alta base de comparação do primeiro trimestre de 2010. As maiores expansões ocorreram na construção civil (5,2%) e em eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana (4,9%). Além disso, a extrativa mineral cresceu 4,0%, e a indústria de transformação, 2,4%, influenciada principalmente, pelo aumento da produção de máquinas e equipamentos; refino de petróleo e álcool; minerais não metálicos; e indústria automotiva (com destaque para caminhões, ônibus, outros veículos e equipamentos de transporte).

Em relação ao primeiro trimestre de 2010, a agropecuária cresceu 3,1%. O que pode ser, em grande parte, explicado por dois fatores: o aumento da produtividade e o desempenho de alguns produtos da lavoura que possuem safra relevante no trimestre, como soja (6,3%), milho (3,0%), arroz (18,4%), algodão (69,5%) e fumo (16,3%).

Formação bruta de capital fixo cresce 8,8% em relação ao 1º trimestre de 2010

Pelo lado da demanda interna, o principal destaque em relação ao primeiro trimestre de 2010, foi a formação bruta de capital fixo, que cresceu 8,8%. Dentre os fatores que contribuem para explicar esse desempenho, destacam-se a expansão da importação e da produção interna de máquinas e equipamentos.

Nesse mesmo confronto, a despesa de consumo das famílias cresceu 5,9%, a trigésima variação positiva consecutiva. Dentre os fatores que contribuíram para esse resultado, estão os aumentos da massa salarial real e do saldo de operações de crédito do sistema financeiro com recursos livres para as pessoas físicas. A despesa de consumo da administração pública, por sua vez, cresceu 2,1% em relação ao primeiro trimestre de 2010.

Pelo lado da demanda externa, tanto as exportações (4,3%) quanto as importações de bens e serviços (13,1%) apresentaram crescimento. A valorização cambial ajuda a explicar o maior crescimento relativo das importações. Os produtos da pauta de importação que mais contribuíram para esse resultado foram máquinas e equipamentos; material elétrico; têxteis e vestuário; indústria automotiva; borracha e minerais não metálicos.

Em 12 meses PIB cresce 6,2%

O PIB a preços de mercado acumulado nos quatro trimestres terminados no primeiro trimestre de 2011 cresceu 6,2% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores, resultado da elevação de 5,6% do valor adicionado a preços básicos e do aumento de 10,5% nos impostos sobre produtos. Dentre as atividades econômicas, a indústria cresceu 7,4%, a agropecuária, 5,8% e os serviços, 4,9%.

Na indústria, destaca-se a extrativa mineral (12,9%), seguida pela construção civil (9,2%), eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana (6,9%) e indústria de transformação (6,4%). Já nos serviços, as maiores elevações ocorreram nas atividades de intermediação financeira e seguros (9,8%), comércio (8,5%) e transporte, armazenagem e correio (7,1%).

Na análise da demanda, a formação bruta de capital fixo cresceu 17,1%, seguida pela despesa de consumo das famílias (6,4%) e pela despesa de consumo da administração pública (3,2%). No âmbito do setor externo, exportações (9,2%) e importações (29,2%) tiveram crescimento.

No primeiro trimestre de 2011, PIB chega a R$ R$ 939,6 bilhões

O PIB alcançou, no primeiro trimestre de 2011, R$ 939,6 bilhões, sendo R$ 795,8 bilhões referentes ao valor adicionado a preços básicos e R$ 143,8 bilhões aos impostos sobre produtos líquidos de subsídios. A tabela abaixo mostra os valores por atividade.




A taxa de investimento no primeiro trimestre de 2011 foi de 18,4% do PIB, superior à taxa referente a igual período do ano anterior (18,2%). A taxa de poupança alcançou 15,8% no primeiro trimestre de 2011, ante 15,4% no mesmo trimestre de 2010.

No resultado do primeiro trimestre de 2011, a necessidade de financiamento alcançou R$ 27,4 bilhões contra R$ 25,1 bilhões no mesmo período do ano anterior. A Renda Nacional Bruta atingiu R$ 921,7 bilhões contra R$ 821,8 bilhões em igual período do ano anterior; e, nessa mesma comparação, a Poupança Bruta atingiu R$ 148,9 bilhões, contra R$ 128,9 bilhões em 2010.

Comunicação Social
03 de junho de 2011

Fonte

http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=1891&id_pagina=1