terça-feira, agosto 09, 2011

A década perdida para a Europa

Por: Clara Roman

O rebaixamento da nota de classificação de risco dos Estados Unidos, pela Standard e Poor’s, gerou uma nova onda de pânico no mercado global. A segunda-feira 8 abriu com queda nas bolsas de valores do mundo inteiro – a Bovespa foi uma das mais prejudicadas, com queda de 8,08% – e o Banco Central Europeu tratou de fortalecer os países do bloco para evitar novos rebaixamentos, por meio da injeção de capital e controle de taxas cambiais.

O fenômeno repete a reação dos mercados após a quebra do banco Lehman Brothers, em 2008, iniciando um processo de recessão econômica mundial que se estende até hoje. Curiosamente, os títulos americanos foram os únicos que apresentaram crescimento nesses últimos dias, o que, segundo o professor Francisco Lopreato, do departamento de Economia da Unicamp, sinaliza a confiança dos mercados no investimento, em contrapartida à decisão da SeP.

O Brasil não está no epicentro da crise, avalia ministro Guido Mantega

Veja as declarações do Ministro da Fazenda, Guido Mantega sobre a crise americana e europeia.

O perigo da crise financeira não está no Brasil. A avaliação é do ministro da Fazenda, Guido Mantega, em entrevista coletiva concedida à imprensa após reunião de coordenação com a presidenta Dilma Rousseff, nesta segunda-feira (8/8). O ministro informou que a reunião girou em torno da avaliação da situação econômica internacional.

“O Brasil não está no epicentro da crise. Haverá consequências, mas serão minimizadas. Nossa vantagem é o mercado interno forte. Além disso, temos reserva fiscal, monetária e instrumentos para controlar o câmbio. Se faltar crédito no mercado interno, armamento não falta”, assegurou Mantega.