Por Marcos Noé
Os rendimentos financeiros são responsáveis pela correção de capitais
investidos perante uma determinada taxa de juros. As taxas de juros são
corrigidas pelo governo de acordo com os índices inflacionários referentes a um
período. Isso ocorre, no intuito de corrigir a desvalorização dos capitais
aplicados durante uma crescente alta da inflação.
Entendemos por taxa aparente o índice responsável
pelas operações correntes. Dizemos que a taxa real e a aparente são as mesmas
quando não há a incidência de índices inflacionários no período. Mas quando
existe inflação, a taxa aparente será formada por dois componentes: um ligado à
inflação e outro, ao juro real.
Para entendermos melhor o funcionamento da taxa
aparente e da taxa real de juros vamos simular uma situação, observe:
Um banco oferece uma aplicação na qual a taxa de
juros efetiva corresponde a 12% ao ano. Considerando-se que no mesmo período
fora registrada uma inflação de 5%, podemos afirmar que a taxa de 12% oferecida
pelo banco não foi a taxa real de remuneração do capital, mas sim uma taxa
aparente, pois os preços nesse período foram reajustados.
Para descobrirmos a taxa de juros real, devemos
aplicar o capital à taxa de 12% e corrigir monetariamente o mesmo capital usando
o índice inflacionário do período. Feitos esses cálculos basta realizar a
comparação entre os valores obtendo a taxa real de rendimento.