Administração como profissão

De acordo com Lucinda Pimentel Gomes, no texto publicado no informativo mensal do CRA/CE, CRA (Conselho Regional de Administração) em Ação, Ano1 nº. 07Agosto/Setembro de 2005, a moderna Administração surgiu em resposta a duas consequências provocadas pela Revolução Industrial, a saber

• Crescimento acelerado e desorganizado das empresas que passaram a exigir uma administração científica capaz de substituir o empirismo e a improvisação;

• Necessidade de maior eficiência e produtividade das empresas, para fazer face à intensa concorrência e competição no mercado.

É difícil precisar até que ponto os homens da Antiguidade, da Idade Média e até mesmo do início da Idade Moderna tinham consciência de que estavam praticando a arte de administrar.

Já no século XX, surge Frederick W. Taylor, engenheiro americano, apresentando os princípios da Administração Científica e o estudo da Administração como ciência.

A evolução das teorias da administração passando por todas escolas vistas anteriormente, foram, e serão sempre os pilares do desenvolvimento da ciência da Administração e que tem motivado e impulsionado os estudos, pesquisas, trabalhos e obras de seus seguidores até os nossos dias.

É importante conhecermos a história da administração no Brasil e os precursores da luta de torná-la reconhecida. A história da Administração iniciou-se em 1931, com a fundação do Instituto da Organização Racional do Trabalho – IDORT, que contava com o professor Roberto Mange, suíço naturalizado, na sua direção técnica.

Em meados do mesmo ano o Departamento Administrativo do Serviço Público, até hoje conhecido pela sigla DASP, foi fundado pelo Dr. Luiz Simões Lopes.

Por este órgão foi criada a Escola de Serviço Público que enviava técnicos de administração aos Estados Unidos para a realização de cursos de aperfeiçoamento, defesa de tese. Os conhecimentos e as ações desenvolvidas por estes especialistas, no seu retorno ao país, fez deles pioneiros da administração no Brasil, como profissão.

Novamente sob orientação do Dr. Luiz Simões Lopes, em 1944, foi criada a Fundação Getúlio Vargas, mantenedora da EASP – Escola de Administração de Empresas de São Paulo.

Junto com a DASP, foi criado um cargo exclusivo em técnico em administração, hoje administrador.

Houve então, a necessidade de se regulamentar a profissão, para esse intento foi fundada a ABTA – Associação Brasileira de Técnicos de Administração, em 19 de novembro de 1960, que tinha como símbolo o hexágono.

Após muito esforço na preparação de um projeto de lei para ser votado no Congresso Nacional, a Lei 4769, foi sancionada em 09 de setembro de 1965, pelo então, Presidente da República, Humberto de Alencar Castelo Branco. Institucionaliza-se a profissão, com apoio do Ministério do Trabalho se estrutura os Conselhos Regionais de Minas Gerais, Ceará, Pernambuco e Bahia.

Mais de dois anos após a publicação dessa Lei, ela foi regulamentada através do Decreto 61.934, de 22 de setembro de 1967.

Foi criado então, o órgão responsável pela disciplina e fiscalização do exercício profissional: o CFTA – Conselho Federal de Técnicos de Administração. Com a missão de trabalhar pela afirmação da existência e fixação da profissão de Administrador no macro-sistema sócio-juridico-econômico nacional.

Coincidindo com o 20º aniversário da criação da Profissão de Administrador, por força da Lei nº. 735, de 13 de junho 1985, foi mudada a denominação de Técnico de Administração para Administrador.

Dessa maneira a Administração se tornou uma profissão regulamentada no Brasil.

Porém ao se falar da Administração como profissão temos que ressaltar a importância do papel desse profissional atualmente.

Trabalhar para o crescimento da economia de forma sustentável, para o desenvolvimento da sociedade, para a preservação ambiental, obedecendo aos limites da lei, através da gestão efetiva das organizações, inseridas no ambiente global e globalizado em que vivemos contemporaneamente. De modo constante e gradativo. Seguindo os princípios: Planejar, Organizar, Executar, Coordenar e Controlar.