sábado, novembro 10, 2012

Administração de Empresas

Por: Tiago Lira Vieira

A gestão de empresas é uma ciência social que se consolida através de análises e estudos reais realizados por dirigentes, acadêmicos e consultores empresariais no ambiente de organizações atuantes no mercado.  O objetivo desses estudos é comprovar a efetividade de determinadas técnicas e também propor ações inovadoras na área de gestão empresarial. O resultado destes estudos transformam-se em artigos, palestras, livros, entre outros, que comprovam ou não o funcionamento de determinadas ferramentas administrativas e propõe novos direcionamentos em relação à gestão de empresas.

A repercussão destes estudos interfere na relação das empresas com a sua gestão, na incorporação de novas tecnologias, modificação de padrões de atuação, métodos e processos, e muitas vezes conduzem até mesmo a uma modificação nos negócios, afetando a missão e a visão da organização.

Os profissionais atuantes na gestão de empresas dirigentes, diretores, gerentes, consultores, empresários, presidentes rapidamente apropriam-se desses estudos com a intenção de aplica-los em seus negócios. Reproduzem o conhecimento no ambiente empresarial de forma didática e pedagógica.

Por que em muitas vezes a aplicação das novas ferramentas administrativas não dá certo? O erro está na teoria e aplicação? Na empresa? No consultor contratado para implantação da tecnologia? Na tecnologia? 

As hipóteses são muitas. Mas onde está o erro? Em minha opinião o erro não está em nenhuma hipótese levantada, e sim, na interpretação e principalmente na adaptação de tais tecnologias a realidade empresarial encontrada.

Muitos colegas administradores (gerentes, dirigentes, diretores, empresários etc.) não detêm o conhecimento básico e fundamental de nossa ciência. Utilizam modelos de planilhas, análises lineares e/ou complexas, dedicam-se a profundas prospecções baseadas na experiência dos materiais didáticos. Mas esquecem-se dos fundamentos.

O principal erro é não levarem em conta o tripé da administração. A ciência administrativa básica parte do pressuposto da análise deste tripé. Toda organização (empresa) é formada por pessoas, processos e contexto. Se há mudança de algum desses componentes toda estrutura terá de ser remodelada. Trata-se do fundamento. É a primeira lição de todo administrador de empresas.

As condições ambientais, de pessoal, de processos determinam o sucesso ou não da aplicação das ferramentas administrativas. A complexidade das organizações é de tal maneira que dificilmente você vai encontrar a mesma receptividade para aplicação de instrumentos de gestão do mesmo modo nas diversas empresas.

Mesmo que se utilize a mesma ferramenta de gestão, o mesmo processo, o resultado será único para cada contexto para cada pessoa. Essa diferença acontece até mesmo internamente nas organizações. É fácil perceber quando se trabalha em diferentes departamentos de uma mesma empresa. O contexto é o mesmo, os processos também, no entanto as pessoas são diferentes. Já é razão suficiente para termos outros resultados.

A falta de percepção dessa diferença por parte dos profissionais em funções gerenciais é a principal razão pelo fracasso na implantação de todo e qualquer projeto gerencial. Com este artigo pretendo conscientizar nossos dirigentes/administradores sobre essa realidade.

A ciência da administração contribuiu e tem muito a valorizar nossa sociedade com os seus conhecimentos. A conscientização dos dirigentes sobre o tripé da administração é fundamental para evitar erros e prejuízos financeiros. Pense nisso e reveja seus pensamentos sobre a ciência da administração.

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