O Japão, em décadas passadas, usou a engenharia reversa para desvelar e aprimorar tecnologias importadas, transformando-as então numa referência paradigmática para o resto do mundo.
A engenharia reversa é o processo em que um produto é desmontado até a completa separação das peças e, assim, compreenda-se todo processo de fabricação.
Qual a diferença entre a gestão organizacional que denominarei tradicional (cartesiana), e o proposto pela gestão e organização reversa?
Normalmente, o estudo tradicional (cartesiano), é desenvolvido em etapas em que há início, meio e fim. Utilizaremos o modelo de Michael E. Addison apud Araujo (2006), para exemplificar o exposto acima.
Vamos ao modelo:
Primeira etapa: Selecionar, definir área de estudo.
Segunda etapa: Coletar dados atinentes ao que se identificou na etapa anterior.
Terceira etapa: Examinar, relacionar os dados coletados com o objeto da área de estudo.
Quarta etapa: Desenvolver, buscar novas alternativas voltadas ao objeto de estudo.
Quinta etapa: Implantar é o ato de mudar.
Sexta etapa: É o trabalho de manutenção da mudança.
Neste modelo toma-se por base um número determinado de falhas, demandas, sugestões etc. É feita a análise ou o estudo de forma global e, considerando se as alternativas apresentadas, resolve-se adotar uma das opções apresentadas.
A análise é em bloco e, na maioria das vezes, o profissional encarregado dessa análise procura identificá-la passo a passo, momento a momento, do início até o fim, seguindo uma ordem seqüencial lógica, no caso de processos, por exemplo.
Na gestão e organização reversa, a ação seria, inicialmente, na origem do problema ou de determinado estudo, como em qualquer outra abordagem, mas o foco seria não no início, mas no fim do processo, por exemplo.
Assim, um problema de atendimento ao cliente teria como base de análise a última pessoa da organização que manteve o relacionamento problemático com o cliente.
Em seguida, a penúltima pessoa da organização, e nessa ordem, pessoa a pessoa, até quem deu o passo número um no processo.
O que difere essa abordagem de todas as outras é que nessa proposta, além de se começar pelo fim, não há interferência de quem não está envolvido diretamente no processo.
É evidente que as chefias terão algum envolvimento, afinal, há responsabilidades em jogo, mas ficará transparente que o que importa, a informação que agregará valor à análise, virá de cada um dos envolvidos e, sempre, na ordem inversa ou reversa da ocorrência daquele evento.
É certo que não se pode afastar a integração dessa abordagem com as demais tecnologias de gestão organizacionais conhecidas, ao contrário, o que interessa é ter a gestão e organização reversa como uma excelente opção para uso exclusivo ou em ação conjunta com outras abordagens.
OBS: Este artigo é um estudo do capítulo 14, do livro: Organização Sistemas e Métodos e as Tecnologias de Gestão Organizacional. Araujo (2006). Comentários feitos pelo articulista.
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Referências Bibliográficas
ARAUJO, César G de. Organizações Sistemas e métodos. E as Tecnologias de Gestão Organizacional. 2.ed.São Paulo: Altas,2006.473p.
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